Fecha de novo. A culpa é das empresas?
E que a culpa do aumento nos casos de corona e de mortes é das empresas e não da população, que simplesmente ignora as ordens de isolamento e proteção
Com todo o respeito à decisão de realizar uma videoconferência com a participação de quase duas dezenas de pessoas, que discutiram o assunto durante mais de cinco horas e meia, foi praticamente uma espécie de placebo, ou seja, um remédio que não ataca a doença. Muitas opiniões, muitos palpites, muitos comentários, explicações, análises e, no final de tudo, ficou decidido o óbvio: fechar novamente parte do comércio, voltando à Fase 1, em que só serviços considerados essenciais e alguns poucos setores podem abrir suas portas. Por exemplo: o Porto Velho Shopping reabriu há uma semana e já deve fechar de novo. Durante longas horas o que se ouviu foi o que se ouve todos os dias em todos os lugares: cada qual defendendo suas teorias e seu setor de atuação. Com o maior respeito a todos os que participaram do evento: foi uma enorme perda de tempo. No final, pareceu claro que não surgiu absolutamente nada de novo. E que a culpa do aumento nos casos de corona e de mortes é das empresas e não da população, que simplesmente ignora as ordens de isolamento e proteção. Festas, banhos, jogos de futebol, arraiais de festas juninas e comemorações abundam na cidade e no Estado, mas, no resumo da ópera, é o funcionamento das empresas é que recebe a maior punição, novamente.
ESTAMOS QUASE NOS 500 MORTOS PELA COVID
Os números de contaminados e mortos pelo corona vírus continua crescendo, embora entre o sábado e a segunda, eles tenham caído um pouco em relação aos últimos dias. Chegamos, segundo os números oficiais da Sesau do início da noite da segunda, a nada menos do que 20.406 casos (eram 19.743 no sábado), ou seja, tivemos mais 663 contaminados. No sábado, o número de óbitos era de com 499 mortos e entre domingo e segunda, mais 19 mortes registradas. O percentual de mortes continua na faixa dos 2,4 por cento, metade da média nacional. Do total de infectados, 8080 já estão recuperados, representando quase 40 por cento de pessoas sem a infecção. Mesmo com a queda do número diário dos casos desinfectados e mortos, a doença ainda atinge números muito altos, principalmente em Porto Velho. O número de leitos de UTI ocupados já chega a mais de 85 por cento. Será que com um novo decreto de isolamento, eles continuarão em queda? Ninguém sabe...
PERDENDO CNPJ E MAIS DE 1 MILHÃO DE EMPREGOS
Enquanto vamos partir de novo para um lockdown soft, em Porto Velho, a quebradeira de empresas continua tanto por aqui como pelo país inteiro. Chico Holanda, presidente do Instituto Empresarial de Rondônia, afirma que, embora os levantamentos oficiais ainda não estejam concluídos, já se pode dizer que perdemos algo em torno de 15 por cento dos CNPJs e um número que pode bater nos 10 mil postos de trabalho que se foram. No Brasil inteiro, em apenas cinco meses, de janeiro a maio, mês em que a pandemia deu um salto, mais de 1 milhão e 144 mil postos de trabalho com carteira assinada foram extintos. O Ministério da Economia vem monitorando os números cada vez mais assustadores. Mesmo com abertura localizada da economia, aqui e ali, a doença continua arrasando com a produção, com o comércio e com o trabalho informal no país. A continuar assim, caso as empresas continuem fechando portas, o desemprego em massa pode causar danos tão graves ao país quanto a pandemia do corona vírus.
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Alguém advinha quem pagou por essa matéria? O tarefeiro ataca novamente...
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