Fiscalização na noite de Réveillon do TCE revela melhora no atendimento e aponta novos problemas na saúde em Porto Velho
Por outro lado, novos problemas foram detectados pelas equipes de auditoria do TCE-RO: ausência de profissionais plantonistas, falta de medicamentos (e insumos), equipamentos parados, instalações físicas, móveis deteriorados, entre outros
Fiscalização do Tribunal de Contas atuando no João Paulo II, maior pronto-socorro do estado
Exatamente uma semana após a ação realizada no Natal, o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) promoveu, na noite desta terça-feira (31/12), uma fiscalização em unidades de pronto atendimento (UPAs) de Porto Velho e no Hospital João Paulo II.
A equipe de auditoria constatou uma melhora no atendimento e no serviço dos profissionais de saúde.
Pacientes ouvidos pelo Tribunal de Contas disseram que médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares e pessoal de apoio estão prestando um serviço mais humanizado e rápido.
Essas opiniões foram referentes aos profissionais com atuação nas UPAs e no João Paulo II.
Por outro lado, novos problemas foram detectados pelas equipes de auditoria do TCE-RO: ausência de profissionais plantonistas, falta de medicamentos (e insumos), equipamentos parados, instalações físicas, móveis deteriorados, entre outros.
Escala de plantonistas foi um dos pontos verificados pela fiscalização do TCE-RO
FALTA DE CIRURGIÃO NO JOÃO PAULO II
Novamente, a falta de médico cirurgião foi o ponto negativo durante a inspeção feita, no Hospital João Paulo II, o maior pronto-socorro do estado. Dos três profissionais previstos na escala, apenas dois estavam atendendo no hospital.
A situação se agrava, em razão do período que exige mais profissionais para atender pacientes que necessitam de cirurgias de emergência.
Foi constatada, ainda, insuficiência de especialidades, como ortopedia. Havia apenas um médico, sobrecarregando o profissional e prejudicando o atendimento.
Novamente, o TCE-RO se deparou com pacientes internados em corredor, assim como as instalações com salas, banheiros e outros ambientes em situação precária.
Ainda no João Paulo, os usuários reclamaram da falta de informações sobre procedimentos de saúde, como diagnóstico, tratamento e internação.
Pacientes ouvidos pelo Tribunal de Contas destacaram o atendimento nas unidades de saúde, que está mais humanizado e rápido
FALTA DE EQUIPAMENTOS IMPEDE EXAMES NA UPA ZONA LESTE
Na UPA da Zona Leste, o dado negativo foi, novamente, o equipamento de raio-X, que não está funcionando. Segundo informações, é um problema recorrente daquela unidade, exigindo, assim, atenção da gestão para solucioná-lo.
Foi ainda verificado outro equipamento, utilizado para a realização de exames de fígado e coração, que também estava parado há algum tempo, impedindo o acesso das pessoas a esses exames.
Como ponto positivo, o Tribunal de Contas constatou que alguns exames e procedimentos passaram a ser disponibilizados ao cidadão. Isso representa uma melhoria no serviço.
A avaliação dos serviços foi considerada, pelos pacientes entrevistados, satisfatória. Na maioria dos casos, os atendimentos ocorreram de forma rápida e eficiente.
AUSÊNCIA DE PROFISSIONAIS NA ANA ADELAIDE E ZONA SUL
Na UPA Zona Sul e na Policlínica Ana Adelaide, o TCE-RO detectou falta de profissionais, no caso de técnicos de enfermagem.
Na UPA, faltavam insumos. Na Ana Adelaide, o aparelho de raio-X estava funcionando, adequadamente. Todos os exames laboratoriais estavam disponíveis, com exceção do bioquímico.
A equipe do TCE verificou que a máquina para exames bioquímicos foi instalada, mas ainda não está sendo utilizada devido à ausência de equipe treinada e/ou autorizada para o uso.
Quanto à infraestrutura, a equipe de auditoria do TCE considerou boa.
Em todas as unidades gerenciadas pelo município, existiam pacientes aguardando a regulação, ou seja, o direcionamento da pessoa para uma unidade com tratamento adequado (hospital, por exemplo).
Equipe de fiscalização do TCE-RO em ação na noite de Réveillon em unidades de saúde de Porto Velho
FISCALIZAÇÕES BUSCAM MELHORIA PARA O CIDADÃO
A fiscalização surpresa de Réveillon, feita pelo TCE-RO, dá continuidade ao trabalho realizado, desde o início da atual gestão do presidente Wilber Coimbra.
Todas as informações serão reunidas em relatórios, que serão encaminhados aos gestores da saúde de Porto Velho e do Estado.
O corpo técnico do TCE irá se reunir, mais uma vez, com os representantes do município e governo estadual. Caso esses problemas não sejam solucionados, o Tribunal de Contas irá representar os responsáveis, podendo gerar multas e até reprovação nas contas.
O TCE tem um único propósito: melhorar a qualidade de vida do cidadão por meio do Controle Externo qualificado.
MP sobre salários, carreiras e cargos consolida acordo com servidores
Governo detalhou Medida Provisória que será enviada ao Congresso
Clubes de tiro a 1 km de escolas têm limite de horário para funcionar
Abertura deve ocorrer após período de aulas, feriados e fins de semana
Lula sanciona lei que impede volta do DPVAT em 2025
Decisão faz parte do pacote de corte de gastos do governo
Comentários
Seja o primeiro a comentar
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook