Foi destaque no CNJ: Monitoramento contribui para gestão eficiente de processos na área ambiental

A juíza destaca que é feito um trabalho conjunto para manter os níveis de produtividade

Assessoria de comunicação institucional com informações de Agência CNJ de Notícias (texto:Len
Publicada em 31 de agosto de 2022 às 15:38
Foi destaque no CNJ: Monitoramento contribui para gestão eficiente de processos na área ambiental

A produtividade dos tribunais é resultado direto das ações de monitoramento do acervo de processos pendentes. A partir desse diagnóstico, os órgãos identificam as medidas necessárias para dar celeridade aos trâmites e, assim, otimizar a prestação jurisdicional. No Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) e no Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), a produtividade na área ambiental conta ainda com a implantação de boas práticas e força-tarefa para julgamento das ações. Ambos os tribunais foram vencedores na modalidade Produtividade da primeira edição do Prêmio Juízo Verde, concedido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Justiça Estadual

Imagem da juíza em frente ao computador

No TJRO, vencedor na categoria Justiça Estadual, a Corregedoria-Geral realiza um monitoramento permanente de correição dos dados da questão ambiental. Segundo a juíza auxiliar da área, Inês Moreira, o levantamento pode ser feito diariamente, por meio de sistema próprio do tribunal – EOLIS -, que permite a extração de relatórios e o acompanhamento diário da unidade. “A ideia é dar celeridade e verificar qual unidade está precisando de ajuda. A Corregedoria tem equipe específica para realizar a força-tarefa de forma temporária. Mas pelo monitoramento, conseguimos identificar se o acúmulo é provisório ou não.”

O Tribunal também possui painéis de Bussiness Intelligence, desenvolvidos para extração de dados das unidades judiciárias. “Com essa ferramenta as unidades conseguem analisar sua produção e fazer sua autogestão. O painel também permite a extração de listagem de processos com vários parâmetros. Dessa forma, o tribunal é capaz de medir seus próprios números e tem ferramentas de gestão para atingir o objetivo proposto”, conta Inês Moreira.

A juíza destaca que é feito um trabalho conjunto para manter os níveis de produtividade. “A equipe da correição é experiente e compartilha os conhecimentos de boas práticas captados em outras unidades.” Mesmo assim, a magistrada ressalta a necessidade de conscientizar juízes e juízas a compartilharem suas boas práticas, “de forma que todos possam oferecer uma prestação jurisdicional cada vez mais qualificada”.

Além disso, o TJRO recorre aos benefícios do projeto Visão Plena – também premiado pelo CNJ, na categoria “Boas Práticas” -, que oferece, por meio do cruzamento de dados geográficos e informações processuais relativas a ações de meio ambiente, um panorama dos processos envolvendo determinada localidade. Inês Moreira afirma que o projeto contribui com a produtividade, pois faz um mapeamento dos processos e das regiões, permitindo as movimentações em bloco, além de possibilitar também a realização de perícias e audiências nos mesmos períodos, o que acelera o trâmite.

Pelo mapeamento, é possível identificar as ações fraudulentas e predatórias, isto é, que têm as mesmas partes e pedidos em outros juízos, evitando decisões diferentes para os mesmos casos. “A partir dos dados registrados no Google Maps, conseguimos fazer o cruzamento dos dados dos processos em curso em comparação aos processos novos e, assim, evitar a listispendência”, conta a juíza.

 

Juízo Verde

O Prêmio Juízo Verde contemplou iniciativas que buscam contribuir com a proteção ambiental e produtividade do Poder Judiciário na área sustentável. O reconhecimento incentiva o empenho na prestação jurisdicional de demandas ambientais e dissemina práticas de sucesso implementadas pelos tribunais.

Na modalidade “Produtividade”, o Prêmio é concedido nas categorias Justiça Estadual e Justiça Federal. A avaliação considerou o órgão que apresentou melhor resultado em dois indicadores: o índice de julgamento da demanda – calculado pela divisão entre o número de processos de natureza ambiental que foram julgados em relação ao total de casos novos ambientais (processos recebidos); e o tempo médio decorrido entre o início da ação ambiental e a data-base de cálculo, nos processos ambientais que estavam pendentes de julgamento ao final desse período.

O cálculo considerou as informações constantes na Base Nacional de Dados do Poder Judiciário (DataJud). Assim, os dados apurados são referentes aos casos novos e casos julgados entre 1º de abril de 2021 e 31 de março de 2022 para o critério referente ao índice de julgamento da demanda, e os processos que até 31 de março de 2022 ainda não tinham sido julgados para o cálculo do tempo médio de tramitação dos casos pendentes de julgamento.

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