Girão defende controle e rigor para o acesso a armas de fogo
A respeito do caso do Paraná, Girão disse que o confronto armado entre os dois adversários políticos poderia ter sido evitado se houvesse tolerância e respeito pelas opiniões e ideais partidários
Os assassinatos que vitimaram o ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe e o guarda municipal e militante do PT Marcelo Arruda, baleado em Foz do Iguaçu (PR) pelo agente penal Jorge José da Rocha Guaranho, levaram o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) a refletir sobre o papel das armas de fogo. Em pronunciamento nesta quarta-feira (13) o parlamentar observou que ambos os episódios tiveram repercussão mundial.
A respeito do caso do Paraná, Girão disse que o confronto armado entre os dois adversários políticos poderia ter sido evitado se houvesse tolerância e respeito pelas opiniões e ideais partidários.
— É muito natural que tenhamos adversários na vida, em nossa sociedade, seja na questão política, seja na particular. Podemos ter grandes divergências, mas deve sempre preponderar o respeito civilizado, muito diferente da condição de inimigo, que alimenta a energia mais negativa e destrutiva da Terra, que é o ódio — argumentou.
O senador ressaltou que, diante da escalada de mortes violentas, especialmente no Brasil, é necessária uma “reflexão” imediata sobre o controle das armas de fogo. Destacou que crimes dessa natureza no Japão são tratados como um caso atípico, já que aquele país tem leis rigorosas sobre o controle e o acesso a esse tipo de armamento. No entanto, no Brasil, esse tipo de crime figurará apenas como mais um nas estatísticas dos órgãos de segurança pública.
— Portanto, é imperioso manter o controle das armas de fogo e promover uma cultura de paz. Todo mundo pode passar por momentos de maior desequilíbrio emocional; todos nós. O acesso fácil a uma arma de fogo, que foi concebida no século XV para matar, pode resultar em grandes tragédias humanas — afirmou.
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