Governo de Rondônia realiza treinamento de Atendimento Pré-Hospitalar para policiais militares
Casa Militar iniciou o treinamento de soldados e sargentos com práticas pré-hospitalares de combate. A cada dia, 20 soldados aprendem as técnicas de socorro
Treinamento da Casa Militar para atendimento pré-hospitalar em combate mobiliza policiais em Porto Velho
Militares dos Batalhões da Polícia Militar participaram, nesta quinta-feira (12), o programa de treinamento de Atendimento Pré-Hospitalar (APH) desenvolvido pelo Governo de Rondônia, por meio da Casa Militar, no Palácio Rio Madeira, em Porto Velho. A proposta é ensinar técnicas com as quais os militares possam agir de forma segura, rápida e objetiva frente a possíveis situações em que há vítimas feridas, principalmente em área de risco.
Durante o treinamento, são ensinadas técnicas importantes e precisas para prestar socorro às vítimas, como: evolução do APH de combate; comportamento em combate e resgate de feridos; geometria de combate; de transporte de feridos; uso de torniquete; preenchimento de ferimento; uso de atadura de combate; uso de bandagem; manutenção das vias aéreas e preparo para a retirada do ferido.
De acordo com o sargento do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Dogivan Farias da Silva, formado pelo Grupo Tigre da Escola Superior de Polícia Civil do Estado do Paraná e instrutor do treinamento, os resultados do programa de treinamento de 20 policiais por dia se resumem em salvar vidas, seja a vítima de arma de fogo ou branca.
Para ele, “as técnicas ensinadas permitem que o policial, além de intervir de forma segura, rápida e objetiva em situação de vítima que foi ferida em área de risco, possa ainda fazer o autossocorro, uma vez que, dependendo da localização, esperar por uma ambulância pode ser fatal”.
Sargento Dorgivan, do Bope, durante treinamento prático desenvolvido pela Casa Militar
Entre a explicação teórica e a demonstração da prática, o sargento Dogivan utilizou os principais materiais disponíveis no mercado e ainda exercícios simulados.
Ele apontou também dificuldades que há décadas ocorrem nessa área. “No geral, os seres humanos estão acostumados a crer que tudo vai dar certo e nada lhes acontecerá, inclusive nós, policiais, daí a necessidade de levarmos esses conhecimentos a todos”.
Ele disse que ultimamente, diversos batalhões da PM no País vêm solicitando o aprendizado das práticas de sobrevivência. Na medida do possível, atende aos chamados, voluntariamente.
Após definido pelo secretário Chefe da Casa Militar, coronel Valdemir Carlos de Góes, foi retomado o calendário de treinamentos na Casa Militar, e dele também participam policiais militares que estão cedidos para outras assessorias militares, entre as quais, a do Ministério Público do Estado de Rondônia.
O diretor de operações da Casa Militar, major Régis Braguin, ressalta que a flexibilização após o período mais crítico da pandemia da covid-19 facilitou o programa de treinamento, considerado importante para os policiais militares.
Na demonstração da técnica de preenchimento de gaze com produto coagulante, muito utilizado atualmente, o sargento Dogivan explicou a ocorrência de esquentamento e queimaduras nos quais se aplicam produtos químicos embebidos em esponjas ou tecidos que auxiliam na coagulação.
“Espera-se preferencialmente um a dois minutos após ocorrido o trauma quando se aplica celox em pó. O gel contém o sangramento; com gaze simples, sem o agente coagulante, demora mais: de cinco a dez minutos”, ele assinala ao explicar a mecânica de preenchimento em vasos e artérias que estejam sangrando.
Dogivan se tornou referência em APH. Ele recomenda aos treinados que comecem as práticas adquirindo o kit básico. “Aos poucos vai se conseguindo todo o equipamento: torniquete, esponja artificial e insumos”.
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