Governo investe nos professores da rede estadual para fortalecer o desporto rondoniense; alunos são diretamente beneficiados
Aliado a estes projetos, o governo também estabeleceu diretrizes para complementar a carga horária com pagamento de horas extras aos professores do Time Rondônia para treinamento de atletas.
Com o Programa de Apoio Financeiro ao Esporte Escolar (Proafesp) destinado a subsidiar as escolas da rede pública de ensino e a criação dos Centros de Treinamentos de Desporto Escolar (CTDE) – Time Rondônia, o governo do Estado investe na formação de professores e de campeões no desporto olímpico e paralímpico em Rondônia.
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) é a responsável pela transferência de recursos financeiros às escolas que se tornaram unidades executoras que foram criadas por decreto do governador e que, a partir deste momento, serão beneficiadas com os recursos do Proafesp.
Aliado a estes projetos, o governo também estabeleceu diretrizes para complementar a carga horária com pagamento de horas extras aos professores do Time Rondônia para treinamento de atletas, desde que cumpridas as determinações da Portaria 1279/2018 e 5454/18.
O professor recebe através de complementação de carga horária ou Hora Extra, dependendo sempre do vínculo do professor sendo que é obrigatório o vínculo com o Estado e ele ter carga horária ligada na educação física.
Dentre as recomendações está o cumprimento integral da carga horária; atender os estudantes atletas por meio de treinamento desportivo com duas horas diárias, num total de 10h semanais.
As escolas recebem valores que variam de R$ 6 mil (escolas com duas modalidades), R$ 10 mil (entre três e quatro modalidades) e R$ 12 mil ao ano (cinco ou mais modalidades). Os recursos chegam à escola em quatro parcelas, de forma trimestral.
O gerente de Educação Física, Esporte e Cultura Escolar, Ítalo Rodrigues Aguiar, esclarece que os valores repassados pelo Proafesp são destinados para a aquisição de materiais de expediente, limpeza e utensílios, reposição de materiais didáticos, pedagógicos e esportivos para atender as modalidades esportivas praticadas.
“Os recursos também serão utilizados para manutenção, conservação e adequação das instalações esportivas que subsidiarem o Projeto CTDE-Time Rondônia” esclareceu Ítalo Aguiar reforçando que tudo deve ser prestado contas junto à Coordenadoria Regional de Educação (CRE) até 10 dias após o prazo final para a aplicação e execução dos recursos referentes à última parcela recebida.
Todo CTDE necessita ter projeto pedagógico com programa de treinamentos das modalidades efetivadas nos polos; identificar no plano os períodos e especificidades de cada modalidade; a frequência dos estudantes/atletas, relatórios quadrimestrais e ficha de inscrição dos estudantes.
As modalidades desenvolvidas por cada CTDE-Time Rondônia deverá atender, no mínimo, duas categorias com trinta alunos cada, podendo ser pré-mirim (6 a 7 anos); mirim (8 a 11 anos); infantil (12 a 14 anos) e juvenil (15 a 17 anos). Em caso de Polo Paralímpico, o número de alunos a ser atendido por turma será analisado de acordo com sua especificidade e classificação funcional.
DESTAQUE
Uma das 16 escolas que é destaque como CTDE em Porto Velho é a E.E.E.M Major Guapindaia, que conta com vários troféus e prêmios acumulados nas fases metropolitana, regional e nacional.
Comandando a equipe de treinadores está o professor Carlos Moisés de Oliveira, que há 28 anos atua na escola como professor de educação física e também como treinador de equipes. Além dele, compõem a equipe de técnicos os professores Zenildo Souza Santos e Antônio Cesar Pinheiro.
Os treinadores comandam equipes nas modalidades Basquete, Handebol, Futsal e Voleibol nas modalidades masculino e feminino, além de futebol campo masculino. Nas categorias individuais, judô, ginástica rítmica, atletismo e natação.
Só para citar 2018, as equipes da Major Guapindaia foram campeãs metropolitanas no vôlei feminino, futsal, handebol e judô masculino e feminino, judô e ginástica rítmica. Na regional handebol masculino, futsal masculino e judô masculino e feminino e ginástica rítmica. “Em nível nacional conquistamos o 3º lugar no futsal masculino e 5º lugar na ginástica” destacou Moisés.
O professor destacou também o envolvimento da comunidade e dos pais que participam ativamente das atividades, além do apoio da direção da escola que é um grande incentivo. “Quem pintou a quadra da escola foi a comunidade que se mobilizou e realizou o trabalho, que beneficiou não só os 253 alunos das modalidades esportivas, mas toda comunidade escolar” disse entusiasmado o professor Moisés.
PRÊMIO
O ritmo é puxado para os alunos que além das aulas regulares realizam treinos três vezes na semana. Mas segundo o professor Zenildo, o bom é que os alunos se esforçam muito e contam com o apoio dos pais, o que garante ótimo desempenho.
“O aluno que vem para a Major Guapindaia vê isso como um prêmio. Por isso a dedicação é tão grande tanto ao esporte quanto aos estudos” afirmou o professor Zenildo que lembrou que as melhores notas da Major Guapindaia no Enem foram de alunos atletas.
O professor também destacou a iniciativa de criar os Centros de Treinamento, pois assim tiveram tempo exclusivo para treinar, “o que melhora a representatividade da equipe no Estado e fora dele, com aprimoramento das equipes tanto tática como fisicamente” exaltou o professor Zenildo, que finalizou dizendo que “é por isso que temos as melhores equipes e dizemos que esporte no Guapindaia é prêmio, conquista”.
Segundo ele, alunos que saem do ensino fundamental e que gostam de praticar esportes buscam a Major Guapindaia para estudar e aprimorar a qualidade técnica e tática. “Dos quase mil alunos da escola, 25% praticam atividades físicas e participam do projeto”, disse Zenildo reforçando que este é um dos melhores índices de uma escola.
EXEMPLO
Um dos destaques da escola na modalidade de Futsal Feminino, a aluna de 17 anos do 3º ano do ensino médio, Clara Alessandra Nogueira Martins é capitã da equipe e se matriculou na escola para poder praticar o esporte.
A atleta reforçou a dedicação ao esporte e aos estudos afirmando que “sem nota, não jogo, por isso temos de nos esforçar sempre ao máximo, pois esta é uma ótima escola”.
Clara foi campeã metropolitana no esporte em 2018 e no sub 17 e sub 20 no municipal, considerado o pré-Joer no futebol socity e a equipe chegou em 3º na fase estadual no futsal.
“Este ano estou trabalhando duro para que a equipe seja campeã estadual. É meu último ano na escola e quero fechar com chave de ouro representando minha escola na fase nacional” finalizou a atleta.
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