Governos federal e estadual incentivam pesquisa para o Sistema Único de Saúde em Rondônia
Com o intuito de promover e fomentar a pesquisa em saúde nas unidades federativa, o Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS) vem ajudando a alavancar os projetos dos pesquisadores em Rondônia
Flávia Serrano explica que o projeto foi desenvolvido para os profissionais que trabalhavam com as gestantes
Com o intuito de promover e fomentar a pesquisa em saúde nas unidades federativa, o Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS) vem ajudando a alavancar os projetos dos pesquisadores em Rondônia, por intermédio da Fundação Rondônia de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa do Estado de Rondônia (Fapero). A biomédica doutora Flávia Serrano Batista foi a primeira a receber o incentivo do PPSUS com a pesquisa sobre Estudo Qualitativo do Conhecimento dos Profissionais Médicos e Enfermeiros nas Unidades Básicas de Saúde Quanto ao Diagnóstico Laboratorial e Tratamento da Toxoplasmose nos Municípios de Ji-Paraná, Ouro Preto d’Oeste, Jaru e Porto Velho. A pesquisa contou com o incentivo de R$ 33.435,20.
A pesquisa foi feita em 2013, e doutora Flávia Serrano explicou que a motivação para escrever o projeto e enviar ao PPSUS foi ter participado da investigação de um surto de toxoplasmose em Rondônia em 2011. Por esse surto ter atingido os municípios de Jaru, Ouro Preto, Ji-Paraná, ela decidiu que estes municípios estariam envolvidos. “A Fapero lançou o edital do PPSUS e entendi que precisávamos escrever um projeto que respondesse e ajudasse principalmente os municípios que tinham vivido o surto. O projeto encaixava-se na área da integralidade à atenção em saúde pública. O PPSUS foi um marco que nos ajudou a dar uma resposta ao Estado”.
Flávia Serrano explica que o projeto foi desenvolvido para os profissionais que trabalhavam com as gestantes, os enfermeiros e médicos. ” O paciente que tem maior risco com a doença é a gestante. Uma das lições do surto no período em que ocorreu, é que precisamos estruturar a atenção à gestante, e as informações que eram repassadas a elas.”
Com os resultados das pesquisas, a especialista acredita que a saúde pública teve ganhos. “Descobrimos que as gestantes não sabiam os fatores de transmissão da doença, como o caso da água contaminada, achavam que somente o gato podia transmitir. Não tinham conhecimento que a carne crua também poderia transmitir a doença, trazendo a má formação ao bebê. Além da falta de informação, detectamos a demora dos resultados do exame da toxoplasmose, que demorava mais de 15 dias, que passou a ser informatizado e teve mais agilidade. O Gerenciador de Ambiente de Laboratório foi um ganho tremendo aos serviços de saúde em Rondônia”.
O gato não é o único transmissor da doença
TOXOPLASMOSE
É uma infecção causada por um protozoário chamado “Toxoplasma Gondii”, trata-se de uma zoonose, inicialmente é encontrado nas fezes de gatos e outros felinos, que pode se disseminar contaminando águas ou alimentos, além de outros animais de sangue quente, que pode por sua vez transmitir por carnes cruas ou mal passadas. Comporta-se como crônica assintomática na maior parte da população. A principal forma da toxoplasmose é a que atinge as gestantes, pois pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gestação através da placenta (toxoplasmose congênita).
Investimentos do PPSUS em Rondônia:
PPSUS 2013 – 001/2013
Foram submetidas 20 propostas e aprovadas 14
Valor Global da Chamada: R$ 800 mil
Foram aprovados 14 projetos na Chamada 001/2013, totalizando aproximadamente de R$ 758.525,10 de incentivo e fomento à pesquisa.
PPSUS 2016 – 003/2016
Foram submetidas 32 propostas e aprovadas 22
Valor Global da Chamada: R$ 950 mil
Foram aprovados 22 projetos na Chamada 003/2016, totalizando aproximadamente de R$ 920.381,73 de incentivo e fomento à pesquisa.
PPSUS 2018 – Nº 001/2018
Foram submetidas 31 propostas e aprovadas 11
Valor global da Chamada de R$ 400 mil
Foram aprovados 11 projetos e financiados apenas 09, totalizando aproximadamente R$ 388 mil
Todas as chamadas contemplaram auxilio de custeio e capital, com fomento do governo federal, por meio do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (MS/CNPq), e Governo de Rondônia, por meio da Fapero.
Os projetos das Chamadas de 2013 e 2016 já encontram-se finalizados e com resultados divulgados nos respectivos seminários finais de Avaliação. Os projetos contemplados na Chamada 2018 ainda encontram-se em execução e os resultados parciais das pesquisas serão apresentados no Seminário Parcial em Abril/2020.
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