Há 7 anos tomava posse a última turma de magistrados do Poder Judiciário de Rondônia
Aquela se tornou a última turma empossada na carreira - fato ocorrido em 2013 - e desde então não houve mais novos concursos finalizados (atualmente há um concurso em andamento)
Na comemoração do aniversário de 7 anos da 19ª Turma de ingresso à carreira da magistratura do Poder Judiciário de Rondônia, a Ameron parabeniza aos magistrados pela dedicação e o comprometimento com a Justiça, fazendo valer os direitos dos cidadãos rondonienses. Aquela se tornou a última turma empossada na carreira - fato ocorrido em 2013 - e desde então não houve mais novos concursos finalizados (atualmente há um concurso em andamento).
Entre os empossados estava uma servidora pública de carreira. A juíza Rejane de Sousa Gonçalves Fraccaro foi assistente do desembargador Rowilson Teixeira, então na época vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia. Ela também atuou como assessora do juiz Marcos Oldakowski e exerceu o cargo de oficial de justiça antes de ingressar na magistratura. O conhecimento absorvido ao trabalhar com outros magistrados foi fundamental para a realização da prova com tranquilidade e segurança. “A realização profissional vem desde o reconhecimento de mérito, conferido pela aprovação em um certame superconcorrido e de alta complexidade técnica, com exigências de atributos pessoais que qualificam o cargo e principalmente por seguir a vocação ao desempenhar essa importante função para a sociedade”, observa a agora magistrada que trabalhou como juíza substituta em Porto Velho e agora é titular da comarca de São Miguel do Guaporé.
Outra curiosidade naquela turma é que entre os candidatos para ingressar na magistratura estava uma juíza. A magistrada Larissa de Alencar Lima jurisdicionava no Estado do Acre e ao abrir o edital do XIX Concurso para ingresso à carreira da magistratura do Poder Judiciário de Rondônia, enxergou a oportunidade para se reaproximar da família que reside em Cuiabá, no Mato Grosso. “Ser magistrado é um grande desafio. É preciso dedicação, coragem e humanidade para atender sempre os anseios de quem busca o Poder Judiciário. A sensação que tive na aprovação foi a felicidade de poder servir a quem procura à justiça. Rondônia fica mais próximo da minha família o que foi predominante para a escolha. A prova, à época, exigiu profundo conhecimento técnico e jurídico, mas também domínio sobre humanística e o fato de ter sido juíza anteriormente me proporcionou conhecimento e experiência que auxiliaram quando das provas”, comenta a magistrada que atuou nas comarcas de Porto Velho, Santa Luzia D’Oeste e agora está lotada em Ariquemes.
Essa turma de magistrados contou com uma particularidade, é que nem todos os aprovados foram empossados no mesmo dia. Nos anos seguintes, o Tribunal de Justiça empossou os demais de acordo com a classificação final do concurso, o que gerou ansiedade ao juiz Pedro Sillas Carvalho. Ele aguardou exatos três anos e três meses para assumir o cargo. “Foi muito angustiante, mas nunca perdi a fé pela convocação. Nesta espera, dois ex-presidentes do Tribunal de Justiça de Rondônia foram importantes para mim, o desembargador Rowilson Teixeira que foi favorável pela prorrogação do concurso e o desembargador Sansão Saldanha que foi o responsável pela posse do restante do grupo. Sou muito agradecido por eles”, conta com saudosismo do dia em que foi reconhecido oficialmente como membro do Poder Judiciário, momento em que realizava o sonho de infância.
O juiz Pedro Sillas Carvalho era professor universitário e assessor jurídico de desembargador no Estado do Mato Grosso. O momento mais marcante das provas, na opinião do magistrado, foi a aplicação da prova oral, onde fora inquirido por quase duas horas em uma banca composta pelos mestres do Direito, dentre eles, Vladimir de Passos Freitas. “Ser juiz em Rondônia sempre foi um objetivo. Apesar de ser de Cuiabá, eu sempre desejei estar aqui. Na minha posse, ver os rostos da minha esposa, segurando a minha filha (tinha 7 meses de vida na época) e da minha mãe foi muito emocionante. Meu maior apoiador foi o meu pai, ele não estava presente fisicamente (faleceu um ano antes), mas a lembrança de seu rosto estava o tempo inteiro na minha memória no momento da posse. Eu me sinto honrado em fazer parte do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia”, finaliza emocionado.
Outro destaque é que esse concurso que contou com uma grande quantidade de mulheres aprovadas na magistratura, totalizando 14 de um total de 28 aprovados. Daquela turma continuam a atuar no Poder Judiciário de Rondônia os magistrados: Alencar das Neves Brilhante; Larissa Pinho de Alencar Lima; Hedy Carlos Soares; Denise Pipino Figueiredo; Angélica Ferreira de Oliveira Freire; Adip Chaim Elias Homsi Neto; Lidiane Zigioto Bender; Márcia Adriana Araújo Freitas; Jaires Taves Barreto; Maxulene de Sousa Freitas; Artur Augusto Leite Júnior; Muhamad Hijazi Zaglout; Anre Bruinjé; Simone de Melo; Gleucival Zeed Estevão; Rejane de Sousa Gonçalves Fraccaro; Lucas Niero Flores; Marisa de Almeida; Luciane Sanches; Katyane Viana Lima Meira; Pedro Sillas Carvalho; José de Oliveira Barros Filho; Luís Delfino César Júnior; Fábio Batista da Silva; e Miriã Nascimento de Souza.
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