Humberto diz que milícias digitais estão se aproveitando de tragédia no RS

Segundo o parlamentar, um grupo de milícias digitais está se aproveitando da tragédia para propagar fake news de ódio e desinformação, prejudicando a assistência às vítimas

Fonte: Agência Senado/Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado - Publicada em 15 de maio de 2024 às 17:05

O senador Humberto Costa (PT-PE) criticou, em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (14), a atuação da extrema direita durante as enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo o parlamentar, um grupo de milícias digitais está se aproveitando da tragédia para propagar fake news de ódio e desinformação, prejudicando a assistência às vítimas.

— É inacreditável, é desumano, mas está aí. São mentiras sobre caminhões retidos com doações, sobre corpos escondidos e caixões espalhados, sobre aeronaves enviadas por Israel, sobre o Ibama impedindo a abertura de estradas. Aqui no Distrito Federal, de que a FAB [Força Aérea Brasileira] não está mais recebendo doações, porque seus galpões estão cheios. Tudo mentira, tudo falsidade, com o propósito criminoso de causar mais danos aos necessitados e impedir o êxito das operações assistenciais. É impressionante o nível de crueldade desses milicianos digitais.

Humberto afirmou que o governo federal tem mostrado total comprometimento na assistência ao Rio Grande do Sul, anunciando diariamente medidas para ajudar a população e o próprio governo estadual em sua recuperação. O senador citou como exemplo a suspensão da dívida do estado com a União por três anos e o perdão de R$ 12 bilhões em juros. 

— Como o presidente Lula diz — ele que amanhã estará de volta ao Rio Grande do Sul — não faltarão recursos. Hoje mesmo, uma nova reunião discutiu a instituição de um auxílio emergencial para as pessoas, a exemplo do que votamos aqui no período da pandemia, para socorrer os mais necessitados. Estamos, enfim, agindo decisivamente para fazer face aos enormes dramas humanos e materiais provocados pelos violentos temporais. É uma postura completamente diferente do que nós assistimos em 2021, no governo anterior, quando o então presidente gastava o dinheiro do erário em férias e em passeios de jet ski, enquanto a Bahia vivia uma enorme tragédia, também provocada pelas chuvas, que atingiu mais de 70 dos seus municípios.