Implantação da estratificação em unidades de saúde de Porto Velho busca reduzir o risco materno infantil
A ferramenta vem mudando a realidade da saúde do município e trazendo inúmeros ganhos aos pacientes
Como forma de garantir cuidados compartilhados à mãe e ao bebê, unidades de saúde de Porto Velho contam com uma importante ferramenta que ajuda na redução dos riscos materno infantil. A estratificação de risco, proposta pelo PlanificaSUS, vem mudando a realidade da saúde pública do município e trazendo inúmeros ganhos aos pacientes.
Antes da chegada da ferramenta, todas as gestantes e crianças da rede municipal eram atendidas pela fila de regulação que, na prática, unia todos os quadros clínicos. Uma realidade que começou a mudar na Unidade de Saúde da Família (USF) Ronaldo Aragão.
Com o novo sistema de atendimento, a paciente que dá entrada na unidade é submetida à ficha de estratificação com questionamentos acerca da sua condição clínica, eventuais patologias e até sua condição socioeconômica. O resultado direciona essa mãe a cuidados compartilhados na própria UBS e ao Centro Integrado Materno Infantil (CIMI) de Porto Velho.
Resultado direciona mãe a cuidados compartilhados na própria UBS e ao CIMI
“A mãe e o bebê, além de serem atendidos na unidade, também terão cuidados acompanhados no CIMI que dispõe de uma equipe especializada que trabalha o manejo das comorbidades e outras situações que caracterizam alto risco com foco no tratamento adequado”, explica o gerente da USF Ronaldo Aragão, Francisco Rodrigues.
Além do Ronaldo Aragão, as unidades de saúde Renato Medeiros (zona Sul), Osvaldo Piana (região central) e a José Adelino da Silva (zona Leste) atuam como uma espécie de laboratório no desenvolvimento da ferramenta. Todas as equipes de saúde da atenção básica foram capacitadas para atuar nesse mesmo formato.
A experiência exitosa da implantação da estratificação chegou a ser a única representante do Estado no Encontro do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Para Geortania Freire, enfermeira da USF Ronaldo Aragão, a ferramenta traz inúmeras repercussões positivas para a rede pública de saúde e, principalmente, para a saúde da mãe e da criança.
“O resultado de toda essa implantação vai desde a integração da Atenção Primária com a Ambulatorial Especializada, da redução da mortalidade infantil e até mesmo prevenindo que o município tenha mais gastos com a saúde pública futuramente”, acrescenta a servidora.
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