Indígena tem nome de pai afetivo reconhecido na Justiça Itinerante: 'Ele me ensinou tudo que sei sobre a floresta'

Inclusão do nome na certidão de nascimento aconteceu durante operação da Justiça Rápida em Extrema, distrito de Porto Velho

Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional - Publicada em 24 de outubro de 2024 às 19:51

Indígena tem nome de pai afetivo reconhecido na Justiça Itinerante: 'Ele me ensinou tudo que sei sobre a floresta'

O jovem indígena Gustavo Simão Kaxarari, de 22 anos, conseguiu, por meio da Justiça Rápida Itinerante, incluir o nome do pai socioafetivo, Genildo Kaxarari, em sua certidão de nascimento. Eles fazem parte da comunidade indígena Kaxarari, localizada nas proximidades do distrito de Extrema nas divisas de Rondônia, Acre e Amazonas. 

“Eu tinha um ano quando meu pai socioafetivo resolveu morar com minha mãe e cuidar de mim. Ele me ensinou tudo que eu sei sobre a floresta. Ensinou a me localizar caso eu me perca na mata, a pescar, me ensinou sobre a coleta de castanha, sobre as atividades culturais do nosso povo”, conta Gustavo.

O pai, Genildo, casou oficialmente com a mãe de Gustavo em 2014 e, desde então, os três buscavam a inclusão do nome dele na certidão de nascimento do jovem. Nesse processo, se depararam com argumentos de que o trâmite só poderia ocorrer por meio de ação judicial e que ainda passaria por um longo período até a assinatura de juiz(a), além da necessidade de contratação de advogado(a). O jovem explicou que atualmente moram em Extrema, distrito de Porto Velho, e que a distância tornou a abertura do processo ainda mais difícil.

“Não conheci meu genitor. Meu pai é Genildo, que em todos esses anos me proporcionou o melhor nas condições que ele podia. Me educou e não deixou nada me faltar. Ele e minha mãe sempre me incentivaram a estudar e hoje estou no 8º período de enfermagem”, comentou Gustavo, ressaltando que: “É muito importante ter o nome dele reconhecido na minha certidão de nascimento, já que ele também é responsável pela minha caminhada. Quero levar o legado dele e da minha mãe à frente”.

O sonho realizado pela Justiça

A Operação Justiça Rápida Itinerante é realizada pela Corregedoria do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), por meio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) e apoio do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc).

A foto mostra pai e filho sorrindo

Em outubro, com a chegada da ação ao distrito de Extrema, a demanda foi solucionada. Para a juíza Marcia Cristina Rodrigues Masioli, que acompanhou o processo, a Justiça Itinerante reflete o compromisso do TJRO com a cidadania.

O caso de Gustavo é um dos exemplos da missão da operação: garantir que todas as pessoas, independentemente de sua localização geográfica, tenham acesso ao sistema judicial. “Levar a Justiça Rápida Itinerante para essas localidades é fundamental para assegurar que todos tenham acesso aos seus direitos”, afirma o corregedor-geral da Justiça, desembargador Gilberto Barbosa.

“Eu quero agradecer o trabalho feito, por ter nos ajudado. Estávamos tentando faz tempo. Agora a gente conseguiu. Só tenho a agradecer e estamos curtindo essa vitória”, comemorou o pai Genildo Kaxarari.

Indígena tem nome de pai afetivo reconhecido na Justiça Itinerante: 'Ele me ensinou tudo que sei sobre a floresta'

Inclusão do nome na certidão de nascimento aconteceu durante operação da Justiça Rápida em Extrema, distrito de Porto Velho

Assessoria de Comunicação Institucional
Publicada em 24 de outubro de 2024 às 19:51
Indígena tem nome de pai afetivo reconhecido na Justiça Itinerante: 'Ele me ensinou tudo que sei sobre a floresta'

O jovem indígena Gustavo Simão Kaxarari, de 22 anos, conseguiu, por meio da Justiça Rápida Itinerante, incluir o nome do pai socioafetivo, Genildo Kaxarari, em sua certidão de nascimento. Eles fazem parte da comunidade indígena Kaxarari, localizada nas proximidades do distrito de Extrema nas divisas de Rondônia, Acre e Amazonas. 

“Eu tinha um ano quando meu pai socioafetivo resolveu morar com minha mãe e cuidar de mim. Ele me ensinou tudo que eu sei sobre a floresta. Ensinou a me localizar caso eu me perca na mata, a pescar, me ensinou sobre a coleta de castanha, sobre as atividades culturais do nosso povo”, conta Gustavo.

O pai, Genildo, casou oficialmente com a mãe de Gustavo em 2014 e, desde então, os três buscavam a inclusão do nome dele na certidão de nascimento do jovem. Nesse processo, se depararam com argumentos de que o trâmite só poderia ocorrer por meio de ação judicial e que ainda passaria por um longo período até a assinatura de juiz(a), além da necessidade de contratação de advogado(a). O jovem explicou que atualmente moram em Extrema, distrito de Porto Velho, e que a distância tornou a abertura do processo ainda mais difícil.

“Não conheci meu genitor. Meu pai é Genildo, que em todos esses anos me proporcionou o melhor nas condições que ele podia. Me educou e não deixou nada me faltar. Ele e minha mãe sempre me incentivaram a estudar e hoje estou no 8º período de enfermagem”, comentou Gustavo, ressaltando que: “É muito importante ter o nome dele reconhecido na minha certidão de nascimento, já que ele também é responsável pela minha caminhada. Quero levar o legado dele e da minha mãe à frente”.

O sonho realizado pela Justiça

A Operação Justiça Rápida Itinerante é realizada pela Corregedoria do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), por meio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) e apoio do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc).

A foto mostra pai e filho sorrindo

Em outubro, com a chegada da ação ao distrito de Extrema, a demanda foi solucionada. Para a juíza Marcia Cristina Rodrigues Masioli, que acompanhou o processo, a Justiça Itinerante reflete o compromisso do TJRO com a cidadania.

O caso de Gustavo é um dos exemplos da missão da operação: garantir que todas as pessoas, independentemente de sua localização geográfica, tenham acesso ao sistema judicial. “Levar a Justiça Rápida Itinerante para essas localidades é fundamental para assegurar que todos tenham acesso aos seus direitos”, afirma o corregedor-geral da Justiça, desembargador Gilberto Barbosa.

“Eu quero agradecer o trabalho feito, por ter nos ajudado. Estávamos tentando faz tempo. Agora a gente conseguiu. Só tenho a agradecer e estamos curtindo essa vitória”, comemorou o pai Genildo Kaxarari.

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