Inovação e saúde: conheça tendências de healthtechs

Modernas e de olho nas necessidades do público, as startups mostram como a tecnologia pode aproximar o cidadão de um serviço de saúde de qualidade. Entenda!

Da redação/ Foto: Divulgação
Publicada em 17 de agosto de 2021 às 16:28
Inovação e saúde: conheça tendências de healthtechs

O investimento em venture capitals permite que pequenas e médias empresas com grande potencial tecnológico e ideias ousadas possam se desenvolver. Além disso, traz mais possibilidades de alto retorno para o investidor. Uma das áreas para investir em venture capital que vêm se desenvolvendo com força, principalmente após a pandemia e a necessidade de isolamento social, é a de healthtechs.

Tecnologia é essencial para a área da saúde. Além dos equipamentos e avanços em pesquisa científica, as startups de saúde geram oportunidades que podem solucionar problemas em setores inteiros de um mesmo ambiente médico. E esse tipo de negócio tem chamado mais atenção de empreendedores e investidores de fora do setor.

Apesar de não parecer, as healthtechs tomam uma grande fatia das startups brasileiras: o setor de saúde é o terceiro maior no Brasil, com 542 negócios. Conheça mais sobre o ramo.

O que são healthtechs?

O nome já anuncia: é a junção de saúde (health, em inglês) e tecnologia (tech, também em inglês). Healthtechs são, portanto, startups focadas em oferecer inovações tecnológicas para o setor da saúde.

Assim como qualquer empresa do tipo, apresenta facilidade para replicar uma ideia, escalabilidade nos serviços, diferencial inovador e, consequentemente, alto potencial de crescimento. Além disso, deve ser capaz de atender a demandas em cenários de incerteza. Talvez por isso tenha respondido tão bem durante o cenário pandêmico.

Para ter todas essas características, as healthtechs utilizam recursos como computação em nuvem, inteligência artificial e soluções mobile para acelerar seus serviços.

Seu espectro de atuação vai tanto de B2B a B2C, porque o grande intuito dessas startups é oferecer um serviço de saúde de qualidade ao público final.

Vantagens para o consumidor e empresas

Atentas às necessidades do mercado e com criatividade para unir tecnologia e saúde, as healthtechs trazem uma série de benefícios.

Necessidades do mercado

O modelo de negócio de uma healthtech exige que ela esteja sempre atenta às exigências do público. Assim que percebem uma demanda não atendida, correm para criar uma solução. Telemedicina, testes rápidos para patologias, menos burocracia e redução de custos para consultas são algumas das propostas.

Eliminação de barreiras

Locais de difícil acesso ou cidades pequenas podem sofrer com a falta de determinadas especialidades médicas. A telemedicina, um dos pontos fortes das healthtechs, atende a diversas necessidades de um paciente:

  • Teleconsulta: é a consulta médica realizada de modo remoto, pela internet;
  • Telediagnóstico: avaliação remota do paciente para indicar uma doença e o tratamento específico;
  • Telelaudo: emissão de laudo médico a distância;
  • Telemonitoramento: junção de consultas, entrevistas, exames e procedimentos para tratar o paciente remotamente;
  • Teleinterconsulta: troca de informações entre profissionais de saúde para sanar dúvidas e auxiliar no diagnóstico.

Redução de custos

As healthtechs querem diminuir os custos para o consumidor final, mas sem que ele sofra com a perda da qualidade. Para isso, conta com diferentes sistemas de pagamento, que beneficiam profissional e paciente.

Para ficar de olho

O Brasil já apresenta diferentes startups no ramo. Veja quais as principais healthtechs brasileiras da atualidade:

Alice

Criada em 2019, a Alice já tem potencial de gente grande: conseguiu captar R$47 milhões em seus dois anos de vida. Tudo porque sua proposta é simples, mas muito eficaz: oferecer cobertura médica particular a quem não pode arcar com os custos de um plano de saúde.

Esse preço mais em conta, no entanto, não interfere no pagamento feito ao médico. Ao contrário: a healthtech trabalha com a estratégia de saúde baseada em resultados (“value-based healthcare”), proposta em 2006 por Michael Porter e Elizabeth Teisberg, professores de Harvard. Nesse sistema, o pagamento tem como base indicadores de qualidade e, principalmente, a satisfação do paciente.

Hilab

Antes conhecida como Hi Technologies, a healthtech paranaense abraçou o setor de saúde e se transformou em Hilab. O nome, aliás, vem do seu maior produto de sucesso: um teste para detecção de Covid-19 que lê o material coletado, envia os dados pela internet e retransmite o resultado em minutos.

Sami

A Sami também tem como proposta oferecer consultas médicas a um preço justo, mas com foco em microempreendedores individuais (MEI) e pequenas e médias empresas. Para isso, começou até uma parceria com a Uber: o objetivo é oferecer corridas gratuitas aos clientes para que possam ir às consultas.

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