Já ouviu falar em WhatsAppite?

Termo foi utilizado em estudo recente por conta da associação da inflamação por tendinite e o uso excessivo de celular, especialmente, entre estudantes; Ortopedista alerta sobre as causas, os sintomas e fala sobre os tratamentos;

Assessoria
Publicada em 16 de novembro de 2023 às 11:48
Já ouviu falar em WhatsAppite?

Crédito: imagem criada por Inteligência Artificial (ChatGPT)

A tendinite é a lesão mais comum do esforço repetitivo. Um estudo americano recente* fez uma associação entre a dependência de smartphones e a tendinite com alguns estudantes de medicina. O resultado? A WhatsAppite! O estudo descobriu que a prevalência do vício em smartphones entre estudantes universitários é alta (66%) e há correlação entre o uso intenso de smartphones e dor nas mãos. Isto indica que o uso intenso desses dispositivos pode causar efeitos subclínicos na mão humana.

“A tendinite para quem usa muito o celular acomete mais a articulação do polegar. Isto porque a maioria das pessoas segura o celular com a palma da mão e usa o polegar para teclar. Quem tecla muito desta forma acaba por utilizar o extensor e o abdutor do polegar para fazer os movimentos de oponência. Isto sobrecarrega mais por esforço repetitivo os tendões do polegar. No entanto, outros tendões e outras estruturas da mão podem sofrer inflamações por usar muito a área”, diz o ortopedista da Prime Care Med Complex e especialista em Ombro e Cotovelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HCFMUSP, dr. José Otávio Reggi Pécora.

Quais são as causas? - A causa é o movimento repetitivo propriamente dito, segundo o especialista. Manter o punho em extensão por muito tempo e os dedos em pressão para digitar, especialmente em aplicativos de mensagens, onde digitamos mais, resultam em uma sobrecarga no tendão e geram a inflamação. 

Crédito: imagem criada por Inteligência Artificial (ChatGPT)

 

Como identificar? – Os sintomas são as dores, a dificuldade dos movimentos e, às vezes, até o travamento do tendão, o chamado “dedo em gatilho”.

Tratamentos - A terapia ocupacional pode ser uma boa opção, pois melhora a função de pinça e estabiliza a articulação do polegar para quem tem tendinite pelo uso excessivo do celular. “É fundamental para estabilizar e dar força para o tendão. Melhora a excursão, faz uma adaptação ocupacional dos movimentos do uso do celular, ou seja, faz estes movimentos de refinamento da mão, dos dedos e do punho para uso manual no dia a dia”, comenta o dr. José Otávio Reggi Pécora.

Os exercícios funcionais deixarão o tendão com melhor função e a musculatura mais firme para segurar, e mais estável. Tudo isto para deixar a mão mais preparada para esta ocupação. Além disso, há medidas anti-inflamatórias por medicação, gelo, alguns imobilizadores – para evitar forçar o tendão. Em casos extremos, podem ser feitas infiltrações e até cirurgia para destravar o tendão que está inflamado em demasia.

O uso do celular para trabalhar e para fazer as diversas atividades no dia a dia geram um risco elevado de a tendinite virar crônica. Para evitar que isto aconteça o especialista recomenda: “diminuir a digitação no celular, utilizando a função ditado ou aproveitar o recurso dos áudios, por exemplo, são boas pedidas”, finaliza.

Adaptação funcional - Outras dicas para usar o celular de forma a gerar menos tendinite são: digitar com os dois polegares, apoiar os antebraços ao teclar, evitar digitar deitado, evitar sentar-se com a cabeça inclinada para frente e não enviar mensagens de texto em alta velocidade.

*** O porta-voz dr. José Otávio R. Pécora está disponível para entrevistas.

*** Para solicitar o estudo na íntegra e/ou entrevista, entrar em contato pelo whatsapp 11 93021-6482.

 

Sobre o dr. José Otávio Reggi Pécora

Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP, dr. José Otávio Reggi Pécora possui doutorado em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP e especialização em Ombro e Cotovelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HCFMUSP. Foi preceptor de Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia no HCFMUSP entre 2011 e 2012. Um dos médicos da equipe da Prime Care Medical Complex, suas áreas de atuação são dores crônicas do ombro e cotovelo, distensão muscular, artrose, ruptura de ligamento, bursite, tendinites, lesões, fraturas ou luxações, instabilidade patelar, dores musculares, LCA – ligamento cruzado anterior e problemas de coluna.

Sobre a Prime Care Medical Complex

Com sede em São Paulo, a Prime Care Medical Complex foi criada em 2015 por dois médicos da Faculdade de Medicina da USP. O resultado foi um espaço acolhedor e colaborativo onde os pacientes podem encontrar mais de 20 especialistas atualizados e capacitados. A proposta da Prime Care Medical Complex é oferecer aos pacientes e familiares a melhor experiência nos cuidados à saúde. A excelência assistencial, a humanização e a empatia são seus pilares estratégicos. A equipe que faz parte da Clínica abrange especialidades que vão desde Angiologia e Cirurgia Vascular, Cardiologiia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Plástica, Dermatologia, Endocrinologia, Geriatria, Urologia, até Fisioterapia. Para outras informações acesse https://www.primecare.med.br/ . 

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