Joelho inchado e com água no joelho: 5 causas perigosas e como tratar o derrame articular
Descubra as principais causas do joelho inchado e da água no joelho, como aliviar o derrame articular em casa e quando procurar um especialista
O joelho que incha “do nada”, dói, trava e parece cheio de líquido não é só um incômodo passageiro.
Em muitos casos, é sinal de um derrame articular que já está afetando a cartilagem, a musculatura e até a rotina básica do dia a dia.
Entender o que está por trás desse inchaço é o primeiro passo para evitar que o problema avance silenciosamente.
Especialistas em ortopedia explicam que, por trás do famoso “água no joelho”, podem estar desde traumas simples até doenças inflamatórias e desgaste intenso da articulação.
A boa notícia é que, com informação correta, cuidados rápidos em casa e acompanhamento profissional, é possível aliviar a dor, recuperar movimentos e reduzir os riscos de sequelas.
O que é derrame articular e por que o joelho incha
O joelho inchado costuma ser resultado de uma inflamação na membrana sinovial, estrutura que reveste a articulação e produz o líquido responsável por lubrificar os movimentos.
Quando algo irrita essa membrana, o organismo reage produzindo mais líquido do que o necessário.
Esse excesso se acumula dentro da articulação e forma o derrame articular, conhecido popularmente como água no joelho.
O inchaço pode vir acompanhado de:
● Dor e sensação de peso na articulação
● Dificuldade para dobrar ou esticar completamente o joelho
● Calor local, com a região mais quente que o restante da perna
● Vermelhidão ao redor do joelho
● Sensação de instabilidade, como se o joelho fosse “falhar”
Em quadros mais prolongados, a inflamação reduz a força da musculatura da coxa. Muitos pacientes relatam dificuldade até para levantar de uma cadeira, usar o vaso sanitário ou subir poucos degraus.
Relatos de quem convive com o joelho inchado
Os depoimentos de pacientes reforçam o impacto desse problema na vida diária. Pessoas de diferentes idades descrevem situações que se repetem: joelho que incha após uma queda ou esforço, melhora parcial com repouso e, pouco tempo depois, volta da dor e do inchaço.
Entre os relatos mais comuns estão:
● Queda sobre o joelho e inchaço que se espalha pela perna inteira
● Dor que melhora por alguns dias com medicamentos, mas volta mais intensa
● Dificuldade para dobrar a perna, para caminhar e até para dormir
● Medo de sentir dor na hora de procedimentos como punção e infiltração
● Insegurança por aguardar vaga para consulta ou fisioterapia pelo sistema público
Alguns pacientes convivem há meses com dor e limitação, mesmo após passarem por consultas rápidas em pronto atendimento.
Muitos só recebem o diagnóstico de artrose ou “inflamação”, sem orientação detalhada sobre compressas, fortalecimento ou uso correto de joelheiras.
Situações como essas reforçam a importância de buscar avaliação com médicos especialistas em joelho, capazes de investigar de forma mais profunda as causas do derrame articular e orientar um plano de tratamento completo.
Cinco causas frequentes do joelho inchado
Diversos problemas podem levar ao acúmulo de líquido na articulação. Entre as causas mais comuns, ortopedistas destacam cinco grupos principais.
Entorse e lesões ligamentares
O entorse é um dos motivos mais frequentes para o joelho inchar rapidamente. Ocorre quando a articulação sofre um “mau jeito” durante um movimento brusco, uma queda, um salto mal aterrissado ou um giro repentino.
Nessas situações, podem acontecer:
● Lesões nos ligamentos, como o ligamento cruzado anterior
● Luxação da patela, quando a “rótula” sai da posição normal
● Pequenas rupturas em estruturas internas do joelho
Estudos citados por especialistas indicam que boa parte dos inchaços logo após um trauma está ligada a lesão do ligamento cruzado anterior.
O joelho costuma ficar volumoso, dolorido e difícil de apoiar, e o paciente relata sensação de instabilidade.
Artrose e sinovite artrítica
A artrose de joelho é o desgaste da cartilagem que reveste os ossos dentro da articulação. Esse desgaste pode acontecer por dois motivos principais:
● Envelhecimento natural, com desgaste progressivo ao longo dos anos
● Artrose precoce, induzida por traumas, cirurgias antigas ou esforço repetitivo
Quando fragmentos de cartilagem desgastada se soltam, o organismo interpreta essas partículas como corpos estranhos. Elas se aderem à membrana sinovial, provocam irritação e disparam uma resposta inflamatória.
Nessa resposta, o corpo produz mais líquido na tentativa de “lavar” a articulação e eliminar os detritos.
O resultado é a sinovite artrítica: o joelho enche de líquido espesso, a lubrificação fisiológica se perde e o desgaste pode acelerar.
Quem vive com artrose relata períodos de piora do inchaço e da dor, alternados com fases um pouco mais tranquilas. Em muitos casos, o derrame articular aparece justamente nesses momentos de crise do desgaste.
Cisto de Baker
O cisto de Baker é um acúmulo de líquido na parte de trás do joelho. Ele se forma quando o líquido sinovial extravasa da articulação e fica preso em uma espécie de “bolsa” na região posterior.
Esse cisto costuma estar associado a outros problemas, como:
● Lesão de menisco
● Crises de artrose
● Inflamações internas do joelho
Quando o volume aumenta, o paciente sente uma bola dolorosa atrás do joelho, dificuldade para dobrar a perna e, às vezes, sensação de pressão na panturrilha.
Em cistos maiores, pode ser necessária drenagem ou intervenção cirúrgica, sempre após avaliação ortopédica criteriosa.
Gota no joelho
A gota é um tipo de artrite inflamatória causada pelo acúmulo de cristais de ácido úrico dentro das articulações.
Esses cristais surgem quando o organismo produz ou acumula ácido úrico em excesso, muitas vezes ligado ao consumo de alguns alimentos, como carnes vermelhas e certos frutos do mar, além de fatores metabólicos.
O quadro clássico acontece no dedão do pé, mas o joelho também pode ser afetado. Quando isso ocorre, o paciente costuma apresentar:
● Inchaço intenso
● Dor forte, que piora ao menor toque
● Dificuldade para apoiar o peso sobre a perna
Sem tratamento adequado, as crises de gota tendem a se repetir e podem causar danos permanentes à articulação.
Artrite reumatoide e outras doenças inflamatórias
Na artrite reumatoide, o próprio sistema imunológico passa a atacar o revestimento das articulações. O joelho pode ser um dos locais acometidos, com inchaço persistente, dor e rigidez matinal.
Com o tempo, a inflamação constante destrói tecido articular, favorece deformidades e acelera o aparecimento de artrose.
A diferença em relação ao desgaste comum é que, na artrite reumatoide, o processo é autoimune e costuma atingir outras articulações, como mãos e pés.
Outras doenças inflamatórias e reumatológicas também podem levar ao quadro de derrame articular, o que torna ainda mais importante o diagnóstico correto.
Como aliviar o joelho inchado em casa com segurança
Medidas simples podem ajudar no controle do inchaço, especialmente nas fases iniciais ou após um trauma conhecido.
As mais recomendadas pelos especialistas são:
Compressas de gelo e perna elevada
Aplicar gelo sobre o joelho, com um pano protegendo a pele, ajuda a reduzir a inflamação. A orientação geral é manter o gelo por cerca de 20 minutos, de três a cinco vezes ao dia, durante alguns dias.
Elevar a perna enquanto faz a compressa favorece o retorno venoso e diminui o acúmulo de líquido na região. Essa combinação costuma trazer bastante alívio nas primeiras crises.
Uso de joelheira elástica compressiva
A joelheira elástica, quando bem ajustada, comprime levemente a articulação e auxilia na contenção do inchaço. Esse recurso é bastante utilizado em casos de entorse, artrose e derrame articular leve a moderado.
A orientação é sempre escolher um modelo com tamanho adequado, que não aperte em excesso nem cause desconforto na circulação. Em caso de dúvida, o ideal é pedir ajuda a um profissional de saúde.
Repouso relativo e fisioterapia
Descansar completamente o joelho por longos períodos não é o melhor caminho. O mais indicado é o repouso relativo: reduzir atividades que pioram a dor, como subir muitos degraus, agachar repetidamente ou carregar peso, mantendo movimentos suaves dentro do limite tolerado.
A fisioterapia tem papel central nessa etapa. O tratamento trabalha:
● Controle da dor e do inchaço
● Alongamento de estruturas encurtadas
● Fortalecimento da musculatura da coxa e da perna
● Recuperação da mobilidade articular
Muitos pacientes relatam melhora progressiva da dor e da segurança ao andar depois de algumas semanas de fisioterapia bem conduzida.
Quando a dor e o inchaço são sinal de alerta
Alguns sinais indicam que o quadro merece avaliação rápida, sem adiamentos:
● Inchaço que não melhora após alguns dias de cuidados simples
● Dor intensa, que impede de apoiar o pé no chão
● Aumento repentino de volume, calor e vermelhidão no joelho
● Febre associada ao derrame articular
● Histórico de queda, entorse ou pancada importante no joelho
● Sensação de que o joelho “falha” ou sai do lugar
Nessas situações, a consulta com um ortopedista é fundamental. Podem ser necessários exames de imagem, como radiografias, ultrassom ou ressonância magnética, além de exames de sangue em casos de suspeita de doenças inflamatórias ou gota.
Em alguns quadros, o médico indica a punção de alívio, em que uma agulha é introduzida na articulação para retirar o excesso de líquido.
O material pode ser enviado para análise, ajudando a identificar cristal de ácido úrico, sinais de infecção ou outros marcadores importantes.
Quando pensar em cirurgia e prótese de joelho
A maioria dos casos de joelho inchado melhora com combinação de medicamentos, fisioterapia, controle de peso, fortalecimento muscular e mudanças na rotina.
Em artroses avançadas ou deformidades importantes, porém, a cirurgia passa a ser considerada.
Entre as opções cirúrgicas, estão:
● Artroscopia para tratar lesões específicas, como menisco ou pequenos fragmentos soltos
● Procedimentos para correção de eixos e alinhamentos ósseos
● Artroplastia total ou parcial, conhecida como prótese de joelho, em casos de desgaste intenso
Nessas situações, a indicação precisa é feita em conjunto com os melhores especialistas em prótese de joelho, que avaliam idade, nível de dor, limitação funcional e expectativas do paciente.
O objetivo é devolver mobilidade, reduzir a dor crônica e permitir que a pessoa retome atividades básicas com mais segurança.
A importância de não conviver com a dor em silêncio
Os relatos de quem convive com o joelho inchado mostram uma combinação de dor física, medo, frustração e insegurança.
Muitos adiam a procura por ajuda por receio de procedimentos ou pela dificuldade em conseguir consultas, e nesse intervalo o problema avança.
Procurar avaliação logo nos primeiros sinais de derrame articular dá ao médico a chance de intervir mais cedo, preservar a cartilagem, fortalecer a musculatura e reduzir a necessidade de medidas mais invasivas no futuro.
Informação clara, medidas simples em casa e acompanhamento profissional formam o tripé para enfrentar o “água no joelho” com menos sofrimento e mais controle.
Quanto mais cedo o inchaço é entendido e tratado, maiores são as chances de manter o joelho em movimento, com menos dor e mais qualidade de vida.
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