Judiciário apoia projetos culturais da área audiovisual

O curta “Beira”, de Marcela Bonfim, com temática LGTBQIA+, teve uma cena gravada no Fórum Geral César Montenegro, em Porto Velho

Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional - Publicada em 18 de agosto de 2025 às 17:49

Judiciário apoia projetos culturais da área audiovisual

Curta Beira e documentário sobre Bizarrus estão em produção

Um documentário e um curta de ficção recebem apoio cultural do Tribunal de Justiça de Rondônia, que vê nas duas produções importantes contribuições para refletir sobre os direitos humanos.

O curta “Beira”, de Marcela Bonfim, com temática LGTBQIA+, teve uma cena gravada no Fórum Geral César Montenegro, em Porto Velho. A diretora solicitou apoio do TJRO no sentido de liberar a locação, já que uma das personagens é uma juíza, e precisava ambientar as tomadas no local de trabalho de uma magistrada, o que foi prontamente atendido pela Presidência do TJRO, sobretudo porque o roteiro propõe justamente a inclusão e o combate aos preconceitos, garantindo assim direitos fundamentais da comunidade. Além disso, em razão de outra legislação, a Lei Geral de Proteção de Dados, o projeto foi adequado para resguardar a privacidade de informações de cunho pessoal.

A gravação do curta ocorreu no turno da tarde, sem prejudicar as atividades jurisdicionais, sob a supervisão da juíza Míria Souza, que é membro do Comitê Gestor da Política Interinstitucional de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade.

O curta Beira é produzido com recursos advindos do Edital Brasil do S, da Embratur. No elenco, nomes como Amanara Brandão, Karen Diogo e Agrael de Jesus, ganhadora do prêmio de Melhor Atriz na categoria 'Curtas-metragens Brasileiros' durante o Festival de Cinema de Gramado em 2023. 

Bizarrus

A outra produção que conta com o apoio do Judiciário é um documentário internacional sobre o espetáculo Bizarrus, tema que inclusive já foi tema de outra produção premiada da comunicação do próprio TJRO, como o Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça.

Desta vez ganha financiamento estrangeiro e um olhar humanizado do cineasta Rafael Bergamaschi, sobre o processo transformador de ressocialização por meio da arte.

O diretor foi recebido pelos juízes da Vara de Execução Penal, Bruno Darwich e Vara de Execução de Penas Alternativas, Sérgio William Teixeira, e a promotora das execuções penais Andreia Bogo, que se mostraram dispostos a facilitar o acesso ao sistema para as gravações.

Também estavam no encontro, o diretor do espetáculo Marcelo Felice e o diretor da Acuda - Associação Cultural e de Desenvolvimento do Apenado e do Egresso, Luis Marques.

Bizarrus foi iniciado em 1997 dentro do presídio Ênio Pinheiro. Ficou 16 anos em cartaz, envolvendo mais de mil pessoas na montagem. Originou também a Acuda, instituição e metodologia alternativa para efetivação da ressocialização. 

O espetáculo rodou o país e foi apresentado até em evento na ONU, em Salvador. Atingiu 150 mil pessoas em centenas de apresentações, 40 mil só de estudantes, em projeto de prevenção da violência entre jovens.

Depois de um hiato de 7 anos, Bizarrus voltou com novo elenco e a mesma proposta: integrar pessoas privadas de liberdade à sociedade, além de conscientizar a população sobre a necessidade de alternativas para a eficiência do cumprimento de pena.

Diretores

Rafael Bergamaschi é um cineasta paulistano radicado em Paris. Discípulo das escolas de Cinema Verdade e Cinema Direto, seu trabalho foca em revelar a riqueza da identidade cultural através de retratos intimistas.

Seu curta-metragem "Avalanche Bob", sobre o pioneiro do punk-yodeling Robert Cribbie, estreou no Festival Internacional de Cinema de Clermont-Ferrand e foi exibido no DOC NYC, maior festival de documentários dos Estados Unidos. 

Seus créditos de edição incluem filmes que foram exibidos em grandes festivais como Sundance e Berlinale, bem como produções da HBO como Tu Me Manques e Revolution Rent.

Nascida em Jaú, no interior de São Paulo, Marcela Bonfim mudou-se para Porto Velho, capital de Rondônia, onde teve seu contato com a fotografia. Já na cidade, em 2012, começou a fotografar homens, mulheres, crianças, jovens e velhos negros e negras na Amazônia em comunidades quilombolas, nos rituais de religiosos, penitenciárias e na rotina do local. Suas imagens, eternizadas no projeto/série Amazônia Negra, capturam o povo negro e seus costumes no âmbito da região, ampliando nosso referencial sobre esses corpos e o território. 

“Encontrar uma Amazônia da cor de minha pele, diferente do que eu imaginava, me permitiu acessar lugares que nunca pensei existir”, comenta a artista no site do projeto. Vem desenvolvendo pesquisa com ênfase na região, a partir de sua própria trajetória como mulher negra. Já participou de exposições em diversas cidades brasileiras e agora dedica-se também ao audiovisual.

Judiciário apoia projetos culturais da área audiovisual

O curta “Beira”, de Marcela Bonfim, com temática LGTBQIA+, teve uma cena gravada no Fórum Geral César Montenegro, em Porto Velho

Assessoria de Comunicação Institucional
Publicada em 18 de agosto de 2025 às 17:49
Judiciário apoia projetos culturais da área audiovisual

Curta Beira e documentário sobre Bizarrus estão em produção

Um documentário e um curta de ficção recebem apoio cultural do Tribunal de Justiça de Rondônia, que vê nas duas produções importantes contribuições para refletir sobre os direitos humanos.

O curta “Beira”, de Marcela Bonfim, com temática LGTBQIA+, teve uma cena gravada no Fórum Geral César Montenegro, em Porto Velho. A diretora solicitou apoio do TJRO no sentido de liberar a locação, já que uma das personagens é uma juíza, e precisava ambientar as tomadas no local de trabalho de uma magistrada, o que foi prontamente atendido pela Presidência do TJRO, sobretudo porque o roteiro propõe justamente a inclusão e o combate aos preconceitos, garantindo assim direitos fundamentais da comunidade. Além disso, em razão de outra legislação, a Lei Geral de Proteção de Dados, o projeto foi adequado para resguardar a privacidade de informações de cunho pessoal.

A gravação do curta ocorreu no turno da tarde, sem prejudicar as atividades jurisdicionais, sob a supervisão da juíza Míria Souza, que é membro do Comitê Gestor da Política Interinstitucional de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade.

O curta Beira é produzido com recursos advindos do Edital Brasil do S, da Embratur. No elenco, nomes como Amanara Brandão, Karen Diogo e Agrael de Jesus, ganhadora do prêmio de Melhor Atriz na categoria 'Curtas-metragens Brasileiros' durante o Festival de Cinema de Gramado em 2023. 

Bizarrus

A outra produção que conta com o apoio do Judiciário é um documentário internacional sobre o espetáculo Bizarrus, tema que inclusive já foi tema de outra produção premiada da comunicação do próprio TJRO, como o Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça.

Desta vez ganha financiamento estrangeiro e um olhar humanizado do cineasta Rafael Bergamaschi, sobre o processo transformador de ressocialização por meio da arte.

O diretor foi recebido pelos juízes da Vara de Execução Penal, Bruno Darwich e Vara de Execução de Penas Alternativas, Sérgio William Teixeira, e a promotora das execuções penais Andreia Bogo, que se mostraram dispostos a facilitar o acesso ao sistema para as gravações.

Também estavam no encontro, o diretor do espetáculo Marcelo Felice e o diretor da Acuda - Associação Cultural e de Desenvolvimento do Apenado e do Egresso, Luis Marques.

Bizarrus foi iniciado em 1997 dentro do presídio Ênio Pinheiro. Ficou 16 anos em cartaz, envolvendo mais de mil pessoas na montagem. Originou também a Acuda, instituição e metodologia alternativa para efetivação da ressocialização. 

O espetáculo rodou o país e foi apresentado até em evento na ONU, em Salvador. Atingiu 150 mil pessoas em centenas de apresentações, 40 mil só de estudantes, em projeto de prevenção da violência entre jovens.

Depois de um hiato de 7 anos, Bizarrus voltou com novo elenco e a mesma proposta: integrar pessoas privadas de liberdade à sociedade, além de conscientizar a população sobre a necessidade de alternativas para a eficiência do cumprimento de pena.

Diretores

Rafael Bergamaschi é um cineasta paulistano radicado em Paris. Discípulo das escolas de Cinema Verdade e Cinema Direto, seu trabalho foca em revelar a riqueza da identidade cultural através de retratos intimistas.

Seu curta-metragem "Avalanche Bob", sobre o pioneiro do punk-yodeling Robert Cribbie, estreou no Festival Internacional de Cinema de Clermont-Ferrand e foi exibido no DOC NYC, maior festival de documentários dos Estados Unidos. 

Seus créditos de edição incluem filmes que foram exibidos em grandes festivais como Sundance e Berlinale, bem como produções da HBO como Tu Me Manques e Revolution Rent.

Nascida em Jaú, no interior de São Paulo, Marcela Bonfim mudou-se para Porto Velho, capital de Rondônia, onde teve seu contato com a fotografia. Já na cidade, em 2012, começou a fotografar homens, mulheres, crianças, jovens e velhos negros e negras na Amazônia em comunidades quilombolas, nos rituais de religiosos, penitenciárias e na rotina do local. Suas imagens, eternizadas no projeto/série Amazônia Negra, capturam o povo negro e seus costumes no âmbito da região, ampliando nosso referencial sobre esses corpos e o território. 

“Encontrar uma Amazônia da cor de minha pele, diferente do que eu imaginava, me permitiu acessar lugares que nunca pensei existir”, comenta a artista no site do projeto. Vem desenvolvendo pesquisa com ênfase na região, a partir de sua própria trajetória como mulher negra. Já participou de exposições em diversas cidades brasileiras e agora dedica-se também ao audiovisual.

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