Justiça do Rio nega pedido de Flordelis para retirar tornozeleira

Ao lado de outros dez réus, Flordelis é acusada de envolvimento na morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, assassinado em junho de 2019

Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil/Foto: © Fernando Frazão/Agência Brasil
Publicada em 12 de agosto de 2021 às 17:06
Justiça do Rio nega pedido de Flordelis para retirar tornozeleira

O desembargador da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), Celso Ferreira Filho, negou hoje (12) o pedido de liminar apresentado pela defesa da ex-deputada federal Flordelis dos Santos Souza para suspensão da obrigatoriedade do uso da tornozeleira eletrônica.

Ao lado de outros dez réus, Flordelis é acusada de envolvimento na morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, assassinado em junho de 2019. Ele foi morto a tiros na garagem de casa em um condomínio de Pendotiba, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A tornozeleira foi colocada na ex-deputada no dia 8 de outubro do ano passado.

De acordo com o magistrado, a defesa não apresentou elementos suficientes que justificassem a suspensão imediata da medida cautelar imposta a Flordelis. O desembargador afirmou que os mesmos argumentos da defesa já tinham sido apreciados em outro pedido de habeas corpus que foi negado.

“Na verdade, o pleito ora em apreciação já foi apresentado a este relator [...], com fundamentos semelhantes, tendo sido rechaçado. Portanto, ausentes os requisitos autorizadores da concessão do pleito liminar, tenho por indeferi-lo.“, apontou na decisão.

Segundo o TJRJ, o pedido ainda será analisado pelo colegiado da 2ª Câmara Cível em sessão a ser agendada.

Prisão

O magistrado ainda não deu uma decisão quanto aos pedidos da defesa da ex-deputada e da família do pastor Anderson do Carmo sobre a prisão de Flordelis. A defesa dela tenta impedir que a parlamentar, que teve o mandato cassado, seja presa, enquanto a do pastor pede a prisão.

Cassação

A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) teve o mandato cassado ontem (11), por 437 votos a favor, sete contra e 12 abstenções, em sessão no plenário da Câmara, em Brasília.

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