Laboratório de Genética Humana recebe novos equipamentos
Implemento possibilitará ampliação e desenvolvimento de novas pesquisas em saúde humana e meio ambiente
O Laboratório de Genética Humana do Núcleo de Saúde da Universidade Federal de Rondônia (LGH/Nusau/UNIR), campus de Porto Velho, desenvolve pesquisas em várias frentes, desde as relacionadas à saúde humana até questões ambientais. Para garantir a manutenção das atividades do LGH e possibilitar o desenvolvimento de novos estudos, a Universidade adquiriu novos equipamentos, que oferecem mais segurança aos pesquisadores e conferem maior precisão nos resultados das pesquisas.
Desde o início deste ano o Laboratório de Genética Humana vem recebendo novos equipamentos, que somados representam um investimento de quase R$ 700.000 para impulsionar a pesquisa na UNIR. Atualmente, o espaço também passa por uma reforma para instalação dos aparelhos adquiridos e adaptação dos espaços de trabalho.
As aquisições mais recentes foram as duas cabines de biossegurança B2, cada uma no valor de R$ 39.000. “Elas permitem que o pesquisador faça a manipulação dos materiais dentro de um sistema controlado e com desinfeção do ambiente de trabalho, reduzindo o risco de contaminação”, explica o coordenador do LGH, professor Andonai Krauze. Os demais equipamentos são um Sistema de PCR Termociclador em Tempo Real, que custou R$ 218.500; um Extrator de Ácidos Nucléicos - equipamento de bancada automático para extração e purificação de moléculas DNA, RNA, proteínas e células -, no valor de R$ 84.499; dois Sistemas de sequenciamento iSeq 100, cada um no valor de R$ 140.000,00.
Genética humana - Esses equipamentos, explica o professor Andonai, são utilizados em diferentes etapas e pesquisas, como na análise de DNA ou RNA para detecção de alterações que sejam associadas a determinadas doenças, facilitando a confirmação do diagnóstico dos pacientes por meio do estudo do material genético. Esta é, inclusive, a principal linha de trabalho do LGH-UNIR, com estudos iniciados há mais de uma década junto aos portadores de doenças raras (DR) – aquelas que atingem aproximadamente 65 pessoas a cada grupo de 100.000.
Outra pesquisa em genética humana também desenvolvida no laboratório é realizada em parceria com o Hospital de Amor Amazônia. “Neste projeto, estamos fazendo o rastreamento de mutações em 50 genes hotspot associando ao câncer de pele não melanoma”, detalhou o professor.
Genética e meio ambiente - Além dos estudos de transmissão genética para identificação de doenças e outras condições específicas em seres humanos, as parcerias com docentes de outros cursos, como Biologia e Engenharia de Pesca, por exemplo, ampliaram as possibilidades de investigação científica. Hoje, no LGH, também são desenvolvidas pesquisas sobre variação genética de peixes nativos, a exemplo do estudo sobre o tambaqui dourado, que busca identificar o fator genético da condição de leucismo (albinismo parcial) dessa espécie e possíveis melhoramentos genéticos para comercialização.
Há também outros projetos nas áreas de e-DNA, ou DNA ambiental, e biologia da conservação voltados para a identificação das populações de peixes nativos e detecção de espécies invasoras na bacia do Rio Madeira. Esses estudos buscam fazer um mapeamento das amostras biológicas de espécies nativas, assim como evidenciar os impactos da ação humana e da construção de barragens na região amazônica, entre outros objetivos.
Acesse o site do Laboratório de Genética Humana (www.lgh.unir.br) e a página @lgh_unir no instagram para acompanhar as atualizações e saber mais informações sobre as pesquisas desenvolvidas no local. Também está disponível para contato o e-mail do LGH: [email protected].
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