LCP SAI DE FAZENDA INVADIDA POR CONTA PRÓPRIA. POLÍCIA COMEMORA!

Um dia, quem sabe, nossas autoridades terão coragem de enfrentar esse grupo terrorista, sem temer que as leis brasileiras de proteção à bandidagem, criminalize quem defende a sociedade

Sérgio Pires
Publicada em 27 de maio de 2021 às 08:45
LCP SAI DE FAZENDA INVADIDA POR CONTA PRÓPRIA. POLÍCIA COMEMORA!

Eles venceram. Tomaram e destruíram uma propriedade; confrontaram a polícia, inclusive atirando fogos de artifício diretamente sobre o helicóptero da PM, que sobrevoava a área; atiraram nos policiais; mataram várias cabeças de gado, roubaram o que puderam. No final, saíram “pacificamente”, segundo informações oficiais das autoridades da segurança pública de Rondônia. Ou seja, os membros da Liga dos Camponeses Pobres (LCP), grupo considerado terrorista, saíram por conta própria da Fazenda Nossa Senhora Aparecida, na região de Chupinguaia. Saíram depois de vários confrontos com a polícia; depois de pelo menos três dos líderes serem presos após atacarem a PM, uma mulher inclusive que atirou contra os policiais e, enfim, segundo a área de segurança pública, pela pressão da polícia, com sua presença ostensiva nesta região. No final das contas, o grupo, inclusive com a participação de suspeitos de crimes, sai como se vítima fosse. Um dia, quem sabe, nossas autoridades terão coragem de enfrentar esse grupo terrorista, sem temer que as leis brasileiras de proteção à bandidagem, criminalize quem defende a sociedade.

Comentários

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    Dalton Costa 27/05/2021

    Dedo na ferida. 1) O conflito latente reinante na região de Corumbiara até os dias atuais deriva da grilagem (entenda-se roubo do patrimônio público mediante processos fraudulentos e simulados) das grandes áreas da região havida na década de 70/80, protagonizado por grandes empresários, políticos e militares do exército originários da Região Cento Sul do país (fartamente estudada e documentada em monografias de mestrado e ciências humanas da Universidade Federal de Rondônia e de outras universidades do Brasil); 2) Quando um conflito no campo chega ao ponto de camponeses destruírem a fazenda é porque precedente existe todo um histórico de pistolagem, violência e ameaças por parte dos fazendeiros; Na verdade, o clima de tensão faz com que ambos os lados estejam preparados para o pior. 3) Em casos tais, não se chega à solução definitiva do problema sem fazer as seguintes perguntas: A passagem da área do patrimônio público para o particular foi hígida? A área é produtiva ou serve de exploração imobiliária? A área é de pequeno, médio ou grande porte? O detentor possui apenas o imóvel em litígio ou detém outros com as mesmas características e origens? Os outros imóveis detidos possuem histórico de violência e ameaças? 4) Muitas vezes os próprios fazendeiros esperam e desejam a ocorrência de conflitos para poderem repassar o imóvel para Incra a preços supervalorizados. 5) Nesses casos, a polícia ora atua como vitima (ao ter que resolver à força um problema cuja origem não está na sua alçada) ora alguns de seu membros são arregimentados para realização serviços de limpeza de área (pistolagem); 6) Terrorismo não pode ser cogitado que ocorra apenas de uma lado, já que são muitos os casos em que fazendeiros patrocinaram crimes com requinte de crueldade e imolação para servirem de exemplo para a população local; 7) Reportagem sem abordar estes temas, é matéria incompleta.

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