Lula segue favorito para 2026, aponta análise

Alguém acha que Lula vai assistir sem reação aos conservadores e inimigos do povo alçarem a discussão da segurança ao topo da agenda nacional ?

Fonte: Bepe Damasco - Publicada em 15 de novembro de 2025 às 12:56

Lula segue favorito para 2026, aponta análise

08.11.2025 - Parque da Cidade - Belém (PA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Um pouco de sangue frio e boa vontade para contextualizar politicamente as pesquisas de avaliação do governo e sobre a disputa para a presidência da República cairiam bem para alguns quadros da esquerda brasileira e integrantes da mídia alternativa.

Vejamos: depois que a frase infeliz do presidente Lula ("o traficante também é vítima do usuário") foi fartamente explorada pela imprensa comercial e pelas redes da extrema direita, e o mesmo acontecer em relação à chacina protagonizada pelo governador bolsonarista Cláudio Castro, apoiada por boa parte da população sedenta de sangue e de vingança, era previsível uma queda acentuada de Lula nas pesquisas. 

Mas isso ficou longe de acontecer.

Embora tenha se posicionado como estadista, na contracorrente da opinião pública, condenando a "matança" cometida pela operação policial mais letal da história do Brasil, Lula não despencou nas pesquisas como sugere a onda de pessimismo que de repente ganhou corpo no campo democrático.

Aliás, só mandatários corajosos e com forte convicção democrática e republicana, como Lula, são capazes de assumir, por dever de consciência, posições contramajoritárias. 

A variação para baixo da avaliação do governo limitou-se a uma oscilação de três pontos percentuais, dentro da margem de erro, mostrando que a metade dos brasileiros não recua do seu apoio ao presidente e mostra-se invulnerável ao espancamento midiático.

Essa resiliência é um grande trunfo eleitoral. 

Já a diminuição da vantagem que Lula mantém sobre todos os candidatos no primeiro e no segundo turno é algo absolutamente normal quando se trata de disputa pelo poder.

Para os que arrancam os cabelos com isso, a notícia não é das melhores: idas e vidas, subidas e descidas vão acontecer em profusão até Lula ser eleito para seu quarto mandato, o que estou convencido que ocorrerá.

Vamos lembrar que neste país existe direita e extrema direita, tem o agro, os grupos de mídia, a Faria Lima, os militares, as polícias, as milícias, as igrejas neopentecostais.

Sem falar no antipetismo presente na sociedade, que ainda é forte.

As disputas presidenciais são tão acirradas que Lula com toda a sua força política e eleitoral nunca venceu no primeiro turno. Tampouco Dilma Rousseff revolveu a parada no primeiro turno.

Outra análise corrente, na minha visão sujeita a chuvas e trovoadas, é a que aponta a questão da segurança pública como tema praticamente exclusivo da eleição de 2026. Não resta dúvida que será um assunto central, como demonstram todas as pesquisas, mas daí a achar que o ótimo momento econômico vivido pelo país não terá peso vai uma enorme distância.

Isso não quer dizer, por óbvio, que o segmento progressista não tenha que ser mais propositivo e assertivo no debate sobre a segurança pública. Contudo, é forçoso reconhecer que passos importante foram dados pelo governo federal, tais como a PEC da Segurança Pública e o PL Antifacção. 

E vem mais coisa por aí.

Ou alguém acha que Lula vai assistir sem reação aos conservadores e inimigos do povo alçarem a discussão da segurança ao topo da agenda nacional ?

E mais: uma coisa são pesquisas feitas a frio, no ano anterior à eleição. Outra completamente diferente é a campanha propriamente dita, quando se manifesta com  intensidade a conhecida química entre Lula e o povo brasileiro.

Quem viver verá! 

Bepe Damasco

Jornalista, editor do Blog do Bepe

Lula segue favorito para 2026, aponta análise

Alguém acha que Lula vai assistir sem reação aos conservadores e inimigos do povo alçarem a discussão da segurança ao topo da agenda nacional ?

Bepe Damasco
Publicada em 15 de novembro de 2025 às 12:56
Lula segue favorito para 2026, aponta análise

08.11.2025 - Parque da Cidade - Belém (PA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Um pouco de sangue frio e boa vontade para contextualizar politicamente as pesquisas de avaliação do governo e sobre a disputa para a presidência da República cairiam bem para alguns quadros da esquerda brasileira e integrantes da mídia alternativa.

Vejamos: depois que a frase infeliz do presidente Lula ("o traficante também é vítima do usuário") foi fartamente explorada pela imprensa comercial e pelas redes da extrema direita, e o mesmo acontecer em relação à chacina protagonizada pelo governador bolsonarista Cláudio Castro, apoiada por boa parte da população sedenta de sangue e de vingança, era previsível uma queda acentuada de Lula nas pesquisas. 

Mas isso ficou longe de acontecer.

Embora tenha se posicionado como estadista, na contracorrente da opinião pública, condenando a "matança" cometida pela operação policial mais letal da história do Brasil, Lula não despencou nas pesquisas como sugere a onda de pessimismo que de repente ganhou corpo no campo democrático.

Aliás, só mandatários corajosos e com forte convicção democrática e republicana, como Lula, são capazes de assumir, por dever de consciência, posições contramajoritárias. 

A variação para baixo da avaliação do governo limitou-se a uma oscilação de três pontos percentuais, dentro da margem de erro, mostrando que a metade dos brasileiros não recua do seu apoio ao presidente e mostra-se invulnerável ao espancamento midiático.

Essa resiliência é um grande trunfo eleitoral. 

Já a diminuição da vantagem que Lula mantém sobre todos os candidatos no primeiro e no segundo turno é algo absolutamente normal quando se trata de disputa pelo poder.

Para os que arrancam os cabelos com isso, a notícia não é das melhores: idas e vidas, subidas e descidas vão acontecer em profusão até Lula ser eleito para seu quarto mandato, o que estou convencido que ocorrerá.

Vamos lembrar que neste país existe direita e extrema direita, tem o agro, os grupos de mídia, a Faria Lima, os militares, as polícias, as milícias, as igrejas neopentecostais.

Sem falar no antipetismo presente na sociedade, que ainda é forte.

As disputas presidenciais são tão acirradas que Lula com toda a sua força política e eleitoral nunca venceu no primeiro turno. Tampouco Dilma Rousseff revolveu a parada no primeiro turno.

Outra análise corrente, na minha visão sujeita a chuvas e trovoadas, é a que aponta a questão da segurança pública como tema praticamente exclusivo da eleição de 2026. Não resta dúvida que será um assunto central, como demonstram todas as pesquisas, mas daí a achar que o ótimo momento econômico vivido pelo país não terá peso vai uma enorme distância.

Isso não quer dizer, por óbvio, que o segmento progressista não tenha que ser mais propositivo e assertivo no debate sobre a segurança pública. Contudo, é forçoso reconhecer que passos importante foram dados pelo governo federal, tais como a PEC da Segurança Pública e o PL Antifacção. 

E vem mais coisa por aí.

Ou alguém acha que Lula vai assistir sem reação aos conservadores e inimigos do povo alçarem a discussão da segurança ao topo da agenda nacional ?

E mais: uma coisa são pesquisas feitas a frio, no ano anterior à eleição. Outra completamente diferente é a campanha propriamente dita, quando se manifesta com  intensidade a conhecida química entre Lula e o povo brasileiro.

Quem viver verá! 

Bepe Damasco

Jornalista, editor do Blog do Bepe

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