Mandetta se reposiciona como principal ator do debate político, e Moro e Guedes perdem espaço
Ademais, há, porém, um ponto em comum no discurso digital sobre Moro, Guedes e Mandetta: todos são elogiados quando se posicionam a favor do isolamento social
Desde o começo do governo Bolsonaro, o segundo ator político mais citado do país nas redes sociais - e com larga folga sobre os demais - é o ministro Sérgio Moro, cuja presença enquanto protagonista de pautas de corrupção e segurança pública gerou, só no ano passado, mais de 36 milhões de referências no Twitter, em média de 3 milhões de postagens/mês. No entanto, desde o aquecimento do debate no país sobre o coronavírus, com a pauta desviada a questões de economia e saúde, Moro converteu-se em coadjuvante, sem impacto direto nem mesmo entre os grupos bolsonaristas, que pouco falam dele. O mesmo acontece com o ministro Paulo Guedes. Levantamento da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas identificou, desde a última sexta (25), 246,1 mil menções no Twitter a Moro, enquanto o ministro Luiz Henrique Mandetta, por razões óbvias, aparece em 615,3 mil. Mandetta, que até pouco tempo praticamente não estava presente no cenário político digital (menos de 20 mil menções/mês), converteu-se em figura central a partir de interações recebidas de todos os eixos do debate, da direita à esquerda. Guedes é citado em 189,5 mil tuítes, apesar do impacto de medidas econômicas do governo federal para mitigar os efeitos da pandemia. Sinalizador importante de como Moro perdeu fôlego como ator influente é o fato de que, dentre as 20 postagens mais retuitadas sobre o ministro, 15 são da própria conta oficial do ex-juiz. Ou seja: nem a direita, nem a esquerda centralizam foco em Moro nesse período. No caso de Mandetta, oito dos 20 tuítes de maior impacto na rede são do próprio, que atua como interlocutor entre a base pró-governo e as demais, repercutido por todos os demais grupos. Já quanto a Guedes, que não tem perfil oficial no Twitter, verifica-se forte mobilização de debate, principalmente, em grupos de oposição ao governo federal (ou de perfis de centro e centro-direita que são críticos às iniciativas de Bolsonaro até o momento para conter o coronavírus). Dentre os 20 tuítes de maior volume de compartilhamentos no período, apenas 5 são da base pró-governo (parlamentares alinhados a Bolsonaro repercutindo medidas econômicas), com os demais em rejeição a Guedes. Citam, inclusive, de forma pejorativa, a participação do ministro da Economia em uma "live" de um banco de investimentos. Também é contribuinte para o baixo volume de menções ao ministro o fato de que o próprio Bolsonaro concentra sobre si próprio quase toda a repercussão de ações do governo federal, ajudando, dessa forma, a "blindar" outros integrantes do Executivo. Ademais, há, porém, um ponto em comum no discurso digital sobre Moro, Guedes e Mandetta: todos são elogiados quando se posicionam a favor do isolamento social. |
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