Marcos Rogério alerta para desequilíbrio fiscal em Rondônia
Marcos Rogério apontou a ausência de obras estruturantes que justifiquem o aumento das despesas
Em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (9), o senador Marcos Rogério (PL-RO) criticou a administração do governador de Rondônia, Marcos Rocha. O parlamentar destacou que o Ministério Público de Contas recomendou ao Tribunal de Contas do estado a rejeição das contas do governo estadual.
Segundo o senador, a recomendação reflete uma gestão que “desrespeitou a Lei de Responsabilidade Fiscal, adotando práticas irregulares”, como a geração de despesas sem análise de impacto fiscal e a realização de gastos sem prévio empenho ou respaldo contratual.
— Essas práticas não são apenas irregulares, elas são irresponsáveis. Elas representam uma traição à confiança do povo de Rondônia e um risco direto ao equilíbrio fiscal do estado. Eu estou falando aqui não apenas de problemas pontuais e de agora; são problemas que vão comprometer ainda mais o estado no futuro.
Marcos Rogério apontou a ausência de obras estruturantes que justifiquem o aumento das despesas. Ele mencionou projetos prometidos, como o Hospital de Urgências e Emergências de Rondônia (Heuro) e melhorias em infraestrutura, que, segundo ele, não saíram do papel.
— Onde está o Heuro? Da mesma forma, o hospital de Ariquemes, os aeroportos regionais de Rondônia. Promessas demais, resultado de menos, mais rombo nas finanças do estado de Rondônia. Se os gastos fossem direcionados para projetos de infraestrutura, projetos estruturantes ou iniciativas que realmente trouxessem benefícios duradouros para o estado, poderia haver um debate sobre prioridades. Infelizmente, o que vemos é o aumento de despesas contínuas e sem planejamento adequado — concluiu.
O parlamentar também afirmou que o governo estadual não participa das discussões sobre a reforma tributária. Ele enfatizou que “o governador não apresentou sugestões, nem defendeu os interesses regionais junto à bancada federal, o que pode prejudicar o desenvolvimento econômico e a manutenção de indústrias no estado”.
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