Marcos Rogério diz que não blinda quem rouba dinheiro público e apoia investigação em todos os âmbitos
Defendo, peremptoriamente, a investigação de tudo, seja no Ministério da Saúde, no Consórcio Nordeste, nos estados e municípios. Não tenho bandido preferido”, frisou
Na comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Covid, nesta quarta-feira (30), o vice-líder do Governo no Congresso, Marcos Rogério (RO), disse que, ao contrário da oposição, a base do governo não apoiará qualquer tentativa de blindagem nas investigações envolvendo corrupção com recursos federais repassados durante a pandemia. O senador afirmou ainda que as suspeitas de irregularidades na negociação da vacina Covaxin devem ser investigadas em todos os âmbitos necessários. “Sobre as suspeitas que estão surgindo, da nossa parte, não haverá qualquer blindagem. Vamos investigar tudo. Não blindo quem rouba dinheiro público. Defendo, peremptoriamente, a investigação de tudo, seja no Ministério da Saúde, no Consórcio Nordeste, nos estados e municípios. Não tenho bandido preferido”, frisou.
O parlamentar por Rondônia voltou a criticar o uso de “dois pesos e duas medidas” pela oposição, que, no dia 18 de junho, rejeitou o requerimento de convocação do ex-secretário Executivo do Consórcio Nordeste Carlos Eduardo Gabas, acusado de receber R$ 48 milhões de dinheiro público para comprar respiradores para a população nordestina e nenhuma unidade foi entregue. “Não queremos esconder nada debaixo do tapete, diferente de senadores da oposição que obstruem investigações quando envolvem governadores e prefeitos. Exemplo mais clássico disso é o boicote à tentativa de investigar o Consórcio Nordeste, que tem governadores, entre eles o filho do relator desta comissão, além de outras figuras bem conhecidas da esquerda brasileira. As pressões da oposição só contribuem para criar um clima de açodamento que nada contribui para a segurança jurídica dos atos administrativos do país”, afirmou Marcos Rogério.
O vice-líder do Governo acusou o G7, grupo formado por senadores da oposição e independentes, de produzir “terror jurídico e administrativo” com os atos públicos do Brasil. “Na Administração Pública, nenhum contato deve ser firmado às pressas, como insistem, desde antes, os senadores do G7, que sempre defenderam uma postura responsável com o negócio público. Espero que, agora, esses senadores, que produzem terror político e administrativo, repensem suas posturas”, disse o senador. “Alguém aqui apoia suspeita de corrupção, ladrão de dinheiro público? Eu não apoio, seja do Governo federal ou governos estaduais ou municipais. Reafirmo, de maneira irrestrita, que somos absolutamente favoráveis a todo tipo de apuração de eventuais práticas ou tentativas de práticas de corrupção”, acrescentou.
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