Maternidade Municipal de Porto Velho promove planejamento familiar para reduzir reincidência de gravidez entre adolescentes
Município experimentou redução após implementação de projeto
Ações do município buscam reduzir índices de gravidez na adolescência
A Maternidade Municipal Mãe Esperança tem se esforçado para reduzir os índices de gravidez na adolescência entre meninas de 15 a 19 anos. As taxas de repetição também são uma preocupação da Prefeitura, que através do projeto “De novo não”, oferta a inserção de DIU de cobre logo após o parto, antes da alta hospitalar.
Conforme o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (Datasus), a taxa específica de fecundidade de adolescentes (número de filhos tidos por grupo de 1.000 adolescentes de 15 a 19 anos), no ano de 2019, foi de 48/1.000 no Brasil, enquanto em Rondônia foi de 55/1.000. Segundo os dados não consolidados de 2020, ocorreu uma queda de 8,4% no país e 10,7% em Rondônia no período.
“É muito importante buscar alternativas para acelerar esta redução. É preciso ampliar a oferta de métodos de longa duração às adolescentes, como DIU de cobre, mirena e implante, como fizeram outros países”, afirma a presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de Rondônia (Assogiro) e médica do quadro de servidores do município, Ida Peréa.
Ida Peréa, médica do município e presidente da Assogiro
Outro ponto de atenção, apontado pela especialista, é quanto à rápida repetição da gravidez de adolescentes. Ao contrário da taxa de fecundidade que mostra tendência de redução contínua, embora lenta, nas duas últimas décadas, a taxa de repetição se mantém constante, em níveis altos em torno de 30%.
Em Rondônia, no ano de 2019 essa taxa foi de 23%, portanto menor que a média brasileira, um reflexo das ações do projeto “De novo não” implementado na Maternidade Municipal, que oferece DIU pós-parto para as adolescentes, e durante o ano de 2018 ofereceu também implantes.
O projeto “De novo não” entrevistou cerca de 535 adolescentes que deram à luz na Maternidade Mãe Esperança no período de outubro de 2017 a junho de 2019, e que receberam implante contraceptivo, e constatou que de cada 10 adolescentes, 8 não desejavam a gravidez naquele momento. Um problema que, para a especialista, vai muito além da saúde.
“Meninas com filhos na adolescência têm três vezes menos chances de ter um diploma universitário, têm menos chance de ter um emprego formal e quando empregadas ganham 24% menos que as mulheres que tiveram filhos após os 20 anos. São meninas que não trabalham e nem estudam, 8 em cada 10 estão fora da escola e o motivo alegado pela maioria é a gravidez. São meninas que terão dificuldade para entrar no mercado de trabalho formal, não contribuirão para a previdência e provavelmente estarão nos programas de assistência social”, conclui Ida Pérea.
Segundo o Banco Mundial, o Brasil acrescentaria US$ 3,5 bilhões por ano ao PIB se as meninas brasileiras adiassem a gravidez para depois dos 20 anos. “Este é um problema de todos e de cada um”, completa a especialista.
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