Médicos das Unidades de Urgência e Emergência são capacitados para determinação de morte encefálica
Com o objetivo de ter cada vez mais, médicos capacitados no diagnostico de morte encefálica e propor mudança de cultura em relação à notificação, diagnóstico e ao transplante de órgãos, 32 médicos participaram do curso de capacitação, ministrado por profissionais do Hospital Albert Einstein.
32 médicos participaram do curso de capacitação, ministrado por profissionais do Hospital Albert Einstein
“Morte encefálica não existe para a família”, foi com essa frase que o médico especialista em diagnostico de morte encefálica começou o curso. Com o objetivo de ter cada vez mais médicos capacitados no diagnostico de morte encefálica e propor mudança de cultura em relação à notificação, diagnóstico e ao transplante de órgãos, 32 médicos participaram do curso de capacitação, ministrado por profissionais do Hospital Albert Einstein.
A médica Intensivista Naiara Vasconcelos, natural de Porto Velho, mas hoje trabalhando no Hospital Albert Einstein é uma das profissionais que ministrou a capacitação e falou sobre a Comunicação de más notícias. “É uma limitação que parte primeiramente do profissional de saúde, porque quando a gente não entende o que é o diagnostico de morte encefálica, a gente não sabe se comunicar. Esse é um dos objetivos do curso, fazer com que os profissionais de saúde, especificamente os médicos consigam entender melhor o que é a morte encefálica, para com isso conseguir também se comunicar melhor com as famílias e que elas possam entender”, disse a médica intensivista.
Ainda segunda Naira Vasconcelos, as famílias entendendo melhor, elas conseguem ser mais favoráveis ao transplante de órgãos. “Não que isso seja um objetivo nosso, respeitamos a decisão de todas as famílias, mas se comunicar melhor, faz toda a diferença, a gente vê que as famílias rejeitam porque não entendem, e não entendem porque ninguém explicou direito”, destacou a médica.
Para a Coordenadora Estadual de Transplante de Rondônia, Edcléia Gonçalves, em nível de Brasil o que se tem visto é que a educação de profissionais de saúde é o que tem mudado na doação de transplante. “A sociedade precisa de um envolvimento sim, mas ter um profissional que olha a morte encefálica que determina ela e que notifica ao Sistema Nacional de Transplante é o que faz toda diferença, não adianta a população querer doar, e esse paciente está em morte encefálica e nenhum profissional médico detectar, o que tem que ser detectada de forma precoce, quanto mais profissional formado a gente tiver melhor é o sistema de transplante”, destacou a coordenadora.
Resolução do Conselho Federal de Medicina
Médica Intensivista Naiara Vasconcelos natural de Porto Velho
O curso surgiu através de uma reunião das Centrais Estaduais de Transplantes de todo o Brasil, com o Ministério da Saúde, explicando a necessidade dessa capacitação, já que a nova resolução do Conselho Federal de Medicina lançou que para determinar a morte encefálica, o médico deve ter no mínimo um ano de experiência de tratamento com pacientes em coma e ter feito um curso desses para poder determinar a morte encefálica. Foi então que Sistema Nacional de Transplante se posicionou junto ao Hospital Albert Einstein para treinar os médicos do Brasil, sendo que a cada 2 milhões de habitantes, o Estado recebe um treinamento com 32 médicos. Rondônia foi um dos estados a receber esse curso para os médicos que trabalham nos Hospitais de Urgência e Emergência (Hospital Regional de Cacoal, Hospitais privados de Ji-Paraná, Heuro Cacoal, Pronto Socorro joão Paulo II, Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, e alguns Hospitais privados da Capital).
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