Ministério da Saúde habilita leito intermediário com suporte ventilatório pulmonar

Pasta também divulgou novas orientações preventivas para crianças e gestantes

Thiago Marcolini/Agência do Rádio
Publicada em 16 de junho de 2020 às 09:22
Ministério da Saúde habilita leito intermediário com suporte ventilatório pulmonar

O Ministério da Saúde autorizou a habilitação de leitos de suporte ventilatório pulmonar para uso exclusivo do tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus. 

Esse tipo de leito é voltado para o atendimento de pacientes que ainda não evoluíram para estado grave, mas que necessitam de suporte de oxigênio. De acordo com o Governo Federal, o custo da diária do leito de suporte ventilatório pulmonar é de aproximadamente R$ 467 – o custo de um leito de UTI é de cerce de R$ 1,6 mil.

A medida é temporária, válida inicialmente por 30 dias, prorrogáveis por igual período. Segundo a pasta, todo o fluxo de demanda para habilitação desse tipo de leito seguirá a demanda dos leitos de UTI, de acordo com a necessidade de cada estado ou município.  

“O grande objetivo deles (leitos de suporte ventilatório pulmonar) é justamente atender de maneira precoce aquele paciente que começa a apresentar algum sinal de insuficiência respiratória. Serão leitos para estabilização desses pacientes e encaminhamento posterior às UTIs”, destaca Mariana Borges Dias, médica assessora da Coordenação Geral de Atenção Hospitalar e Domiciliar do Ministério da Saúde.

“Esses leitos ficarão em estabelecimentos que precisam ter uma condição mínima de suporte e infraestrutura para ter um monitor, o ventilador mecânico. Poderão estar nas UPAs, nos hospitais de pequeno porte, nos hospitais gerais e, eventualmente, em hospitais de campanha”, completa Dias.

Crianças e gestantes

O Ministério da Saúde apresentou também reedição da norma que orienta médicos a prescreverem dose segura de medicações para tratamento precoce da Covid-19 a grupos de risco. A pasta acrescentou dois grupos considerados de risco na norma – crianças e gestantes. 

“As modificações fisiológicas da gestação colocam as gestantes com maior potencial de desenvolvimento de doença grave. Da mesma forma na criança. Hoje temos a constatação que há Síndrome Inflamatória Multissistêmica Grave em crianças levando a óbito”, afirma a Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. 

O Ministério da Saúde ainda divulgou documento voltado para profissionais e gestores de saúde, que tem o objetivo de apresentar pontos de assistências do SUS e fluxo para atendimento às pessoas com suspeita ou confirmação de coronavírus. 

Segundo o Ministério da Saúde, há orientações quanto à organização e estruturação do trabalho, especialmente nos hospitais de maior concentração de casos, além de diretrizes referentes às notificações, medidas de prevenção e controle da Covid-19 e manejo de corpos.
 

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