MP recomenda providências urgentes ao governo de Rondônia para fazer frente a onda de manifestações

O MP manifesta sua legítima competência constitucional em desempenhar as atribuições inerentes à defesa dos direitos assegurados nas Constituições Federal e Estadual conferidas ao Ministério Público

Gerência de Comunicação Integrada (GCI)
Publicada em 07 de novembro de 2022 às 09:23
MP recomenda providências urgentes ao governo de Rondônia para fazer frente a onda de manifestações

O MPRO, por meio de seu Procurador-Geral de Justiça, Ivanildo de Oliveira, expediu na última sexta-feira (4/11) uma recomendação para que o governo do estado adote as medidas necessárias para pôr fim à onda de manifestações que vêm ocorrendo em vários municípios e estradas desde o último domingo, dia da eleição.

No documento, o Procurador-Geral de Justiça sugere o acionamento da Força Nacional de Segurança Pública – (FNSP) para monitorar os pontos de manifestação de Extrema, Nova Califórnia, Jaci Paraná, Vista Alegre do Abunã e Ariquemes, bem como outros locais que sejam indicados pela Superintendência da Polícia Rodoviária Federal do Estado de Rondônia, evitando novos bloqueios nas rodovias e garantindo, mediante policiamento ostensivo, a segurança daqueles que nelas circulam.

Também é recomendado pelo Chefe do MPRO que seja determinado ao Comandante da Força Nacional de Segurança Pública no Estado de Rondônia permanecer em contato direto com a Superintendência da Polícia Rodoviária Federal no Estado para alinhamento das ações necessárias à efetividade do emprego da tropa.

O MP manifesta sua legítima competência constitucional em desempenhar as atribuições inerentes à defesa dos direitos assegurados nas Constituições Federal e Estadual conferidas ao Ministério Público.

A recomendação destaca que há de se respeitar os direitos fundamentais garantidos na Constituição Federal, sendo ilegais e inconstitucionais manifestações que firam o direito de ir e vir dos cidadãos que não fazem parte do grupo manifestante.

No documento, o Procurador-Geral pontua que os bloqueios das Rodovias Federais no Estado de Rondônia, realizados por manifestantes desde o dia 30 de outubro, são flagrantes violações ao direito fundamental constitucionalmente estabelecido de locomoção das pessoas.

O texto destaca ainda comunicações encaminhadas no Ministério Público Estadual por parte das Prefeituras Municipais, relatando risco de falta de combustíveis e outros insumos importantes para o funcionamento de serviços essenciais, como saúde e educação, decorrente do desabastecimento causado pelos bloqueios.

A recomendação ressalta ainda que tais manifestações encontram limitações na própria Constituição Federal, não podendo os direitos de reunião e greve ser exercidos de maneira abusiva, de modo a ferir os direitos constitucionalmente postos e a garantia da ordem e da paz pública no Estado Democrático de Direito em que se assenta a República Federativa do Brasil.

Por fim, justifica ainda a recomendação que seja garantida a ordem pública e e incolumidade das pessoas, haja vista que a Segurança Pública é dever do Estado, bem como direito e responsabilidade de todos.

No bojo do documento consta a responsabilidade do Poder Executivo e das forças de segurança de tomarem todas as medidas necessárias e suficientes, a critérios das autoridades responsáveis para a imediata liberação de todas as vias públicas, que ilicitamente estejam com seu trânsito interrompido.

Comentários

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    Francisco Levy 08/11/2022

    As autoridades locais, em sua esmagadora maioria, pastam no mesmo brejo do Boso. Logo, torcem para os baderneiros seguirem mugindo em rodovias e perante quartéis 

  • 2
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    Carlos 08/11/2022

    Imagina se manifestantes de esquerda fechassem as BRs? A PRF já tinha descido a borracha no lombo desse povo. E o Exército? Tem um bando ali estragando o gramado do campo da Brigada, se fossem movimentos sociais de esquerda o fuzil cantava. Em União Bandeirantes rola áudio de senhor que propõem que cada bolsonarista acabe com um petista e listas de lojas e comércios do qual não se deve comprar nada pois são esquerdistas. Seria bom até saber a opinião do imparcial colunista senhor Pires.

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