MPRO recebe pesquisadores que desenvolvem alternativa para uso de mercúrio

A pesquisa comprovou que o material extraído da planta Chromo Pyramidale, popularmente conhecida como “pau de balsa”, tem o mesmo efeito do mercúrio, metal líquido de alto poder de contaminação utilizado no garimpo

Gerência de Comunicação Integrada (GCI)
Publicada em 16 de junho de 2023 às 16:22
MPRO recebe pesquisadores que desenvolvem alternativa para uso de mercúrio

O Procurador-Geral de Justiça, Ivanildo de Oliveira, recebeu na manhã desta sexta-feira (16/6) em seu gabinete, a visita de um grupo de professores/pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), da Universidade Estadual do Amazonas (UEA) e representantes do Instituto Militar de Engenharia do Rio de Janeiro que desenvolvem o “Projeto O Chrome”.

O projeto, iniciado há cerca de seis meses, é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (FAPEAM) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Rondônia (FAPERO) e coordenado pelos professores/pesquisadores Wanderlei Rodrigues Bastos (UNIR) e Marta Regina Pereira (UEA).

A convite do MP, o grupo apresentou os resultados já obtidos ao PGJ; ao Coordenador do Centro de Apoio Unificado (CAOP UNI), Procurador de Justiça Marcos Valério Tessila de Melo; ao Coordenador do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (GAEMA), Promotor de Justiça Pablo Hernandez Viscardi e à Diretora do Centro de Atividades Judiciais ( CAEJ), Promotora de Justiça Valéria Giumelli Canestrini.

A pesquisa comprovou que o material extraído da planta Chromo Pyramidale, popularmente conhecida como “pau de balsa”, tem o mesmo efeito do mercúrio, metal líquido de alto poder de contaminação utilizado no garimpo.

O resultado preliminar representa um grande avanço como uso alternativo de forma natural na atividade e é um importante instrumento para ajudar o Brasil a banir o elemento químico mercúrio dos rios, evitando-se a contaminação de peixes e, por consequência, dos seres humanos que consomem o pescado, principalmente os moradores de comunidades ribeirinhas que praticamente não têm outra opção de alimentação proteica.

Os pesquisadores também sugeriram parceria junto ao Ministério Público, que pode ser revertida, por exemplo, em educação ambiental, dentre outras atividades ligadas diretamente a cooperativas de extração mineral.

Após ouvir os especialistas, o Procurador-Geral de Justiça, que fez sua pesquisa de mestrado sobre a contaminação da água pelo uso do mercúrio como violação de direitos humanos, ponderou sobre a importância dos resultados dos pesquisadores como grande e significativo avanço no assunto, ao mesmo tempo em que afirmou a disposição do MP em agregar sua expertise numa parceria para colaborar com o referido trabalho da melhor forma possível.

Ao final da reunião, o Chefe do Parquet rondoniense presenteou os integrantes do grupo de pesquisa com a locomotiva em miniatura e a medalha confeccionadas em alusão aos 40 anos do Ministério Público de Rondônia, celebrados em 2022.

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