Desde as fortes chuvas iniciadas no último dia 27 de abril no Rio Grande do Sul, que afetou áreas do campo e cidade, 420 famílias Sem Terra assentadas foram afetadas pelos alagamentos, com inundações de suas casas, perda da produção de alimentos, prejuízos de estruturas, ferramentas, maquinários além da vida de animais.
Os seis assentamentos do MST que foram atingidos estão na Região Metropolitana de Porto Alegre e região central do estado, são eles: Integração Gaúcha (IRGA) e Colônia Nonoaiense (IPZ), em Eldorado do Sul; Santa Rita de Cássia e Sino, em Nova Santa Rita; 19 de Setembro, em Guaíba e Tempo Novo, em Taquari.
Das famílias desabrigadas, parte foram para abrigos e outras foram realocadas provisoriamente em outros assentamentos para poderem ter o socorro necessário em meio a tragédia climática. Do total das pessoas desabrigadas, apenas 38 famílias já retornaram para seus lotes, no empenho de reconstrução das áreas devastadas pela fúria das águas.
Uma reconstrução onde é preciso fazer uma mudança drástica do modelo de sociedade, de manejo ao meio ambiente e de produção agrícola; um projeto sustentável para essa reconstrução, destacam as pessoas atingidas.
“Essas catástrofes acontecem como uma resposta da natureza, a natureza cansou. Isso é resultado da ação humana. O sistema capitalista em que nós vivemos em nosso país, em que o lucro está acima de tudo, ele vem gradativamente destruindo tudo”, salienta Salete Carollo, da direção estadual do MST no RS.
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Levantamento de prejuízos ainda são preliminares
Ao todo, 200 famílias envolvidas na produção de hortaliças e frutas foram atingidas na Região Metropolitana do Rio Grande do Sul, o que representa em torno de 300 hectares plantados, sendo 130 famílias que possuíam certificação de produção orgânica.
Dessas famílias, 170 perderam toda sua produção de hortaliças, raízes e frutas de uma área de 250 hectares. Isso representa em valores o montante estimado em R$ 35 milhões, considerando os 12 produtos principais dessa produção local.
Com relação a pecuária leiteira, o levantamento feito pelas famílias associadas da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap), estima-se um total de perdas de quase R$ 3 milhões, considerando os prejuízos entre galpões, pastagens plantadas, animais, maquinários e leite não entregue. Sobre a morte de animais totalizam 95 cabeças de gado.
Da rizicultura, de área de 2.800 hectares de arroz plantadas este ano, um total de 2358 hectares foram perdidos nas áreas de 6 assentamentos da Reforma Agrária.
Como doar para as famílias atingidas no Rio Grande do Sul
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