Múcio Athayde: o 'Homem do Chapéu' e sua polêmica passagem por RO

Empresário polêmico, envolveu-se em golpes imobiliários, arrendou o jornal O Guaporé e ficou conhecido como o “Homem do Chapéu”

Fonte: Redação e fontes abertas - Publicada em 02 de setembro de 2025 às 08:17

Múcio Athayde: o 'Homem do Chapéu' e sua polêmica passagem por RO

Conheça a trajetória de Múcio Athayde, ex-deputado federal eleito por Rondônia, apelidado de “paraquedista”. Empresário polêmico, envolveu-se em golpes imobiliários, arrendou o jornal O Guaporé e ficou conhecido como o “Homem do Chapéu”.

Quem foi Múcio Athayde

José Múcio Ataíde Fróis, mais conhecido como Múcio Athayde (1936–2010), nasceu em Montes Claros (MG) e se formou em Direito pela Universidade de Minas Gerais. Foi empresário da construção civil e político, tendo iniciado sua carreira parlamentar em Minas Gerais, em 1963, pelo PTB.

Cassado pelo regime militar em 1964, retornou à política nos anos 1980, elegendo-se deputado federal por Rondônia em 1982, já pelo PMDB.

O “paraquedista” em Rondônia

Athayde tornou-se o deputado federal mais votado de Rondônia na eleição de 1982. Entretanto, sua ligação com o estado era frágil. Políticos de fora que buscavam votos sem raízes locais eram chamados de “paraquedistas”, e Athayde se tornou um dos mais conhecidos dessa prática.

Durante o mandato (1983–1987), usou Rondônia como trampolim político para tentar consolidar carreira em Brasília, articulando candidatura ao governo do Distrito Federal e ao Senado, mas acabou barrado por abuso de poder econômico.

Os golpes no setor imobiliário

Athayde construiu fama como empreendedor, mas também acumulou escândalos.

Em Brasília e no Rio de Janeiro lançou empreendimentos imobiliários, alguns sem elevadores, o que resultou em processos.

O projeto Athaydeville, na Barra da Tijuca (RJ), prometia 76 torres, mas entregou apenas duas, deixando compradores lesados e dívidas milionárias.

Foi acusado em diversas ações por irregularidades e golpes no ramo imobiliário.

O “Homem do Chapéu”

Em sua campanha e mandato, Athayde popularizou o uso do chapéu de palha, símbolo pessoal que lhe rendeu o apelido de “Homem do Chapéu”. O estilo foi posteriormente adotado por políticos de Rondônia, como Ivo Cassol, marcando presença estética na política regional.

Imprensa e o jornal O Guaporé

Na campanha de 1982, arrendou o jornal O Guaporé e a Rádio Parecis, em Porto Velho. O veículo foi usado como plataforma política e acabou levado à falência, com denúncias de salários atrasados e má gestão. Esse episódio reforçou sua imagem polêmica no estado.

Últimos anos e morte

Após encerrar a carreira política, Athayde manteve negócios imobiliários, inclusive em Miami, mas continuou enfrentando problemas judiciais. Morreu em 11 de setembro de 2010, no Rio de Janeiro, aos 74 anos.

Fontes

Wikipedia – Múcio Athayde

Portal da Câmara dos Deputados – Perfil parlamentar

Gente de Opinião – “A morte de Múcio Athayde” (Carlos Sperança, 14/08/2013)

Registros de imprensa nacional e regional (Jornal O Guaporé, Última Hora, Correio do Povo)

Múcio Athayde: o 'Homem do Chapéu' e sua polêmica passagem por RO

Empresário polêmico, envolveu-se em golpes imobiliários, arrendou o jornal O Guaporé e ficou conhecido como o “Homem do Chapéu”

Redação e fontes abertas
Publicada em 02 de setembro de 2025 às 08:17
Múcio Athayde: o 'Homem do Chapéu' e sua polêmica passagem por RO

Conheça a trajetória de Múcio Athayde, ex-deputado federal eleito por Rondônia, apelidado de “paraquedista”. Empresário polêmico, envolveu-se em golpes imobiliários, arrendou o jornal O Guaporé e ficou conhecido como o “Homem do Chapéu”.

Quem foi Múcio Athayde

José Múcio Ataíde Fróis, mais conhecido como Múcio Athayde (1936–2010), nasceu em Montes Claros (MG) e se formou em Direito pela Universidade de Minas Gerais. Foi empresário da construção civil e político, tendo iniciado sua carreira parlamentar em Minas Gerais, em 1963, pelo PTB.

Cassado pelo regime militar em 1964, retornou à política nos anos 1980, elegendo-se deputado federal por Rondônia em 1982, já pelo PMDB.

O “paraquedista” em Rondônia

Athayde tornou-se o deputado federal mais votado de Rondônia na eleição de 1982. Entretanto, sua ligação com o estado era frágil. Políticos de fora que buscavam votos sem raízes locais eram chamados de “paraquedistas”, e Athayde se tornou um dos mais conhecidos dessa prática.

Durante o mandato (1983–1987), usou Rondônia como trampolim político para tentar consolidar carreira em Brasília, articulando candidatura ao governo do Distrito Federal e ao Senado, mas acabou barrado por abuso de poder econômico.

Os golpes no setor imobiliário

Athayde construiu fama como empreendedor, mas também acumulou escândalos.

Em Brasília e no Rio de Janeiro lançou empreendimentos imobiliários, alguns sem elevadores, o que resultou em processos.

O projeto Athaydeville, na Barra da Tijuca (RJ), prometia 76 torres, mas entregou apenas duas, deixando compradores lesados e dívidas milionárias.

Foi acusado em diversas ações por irregularidades e golpes no ramo imobiliário.

O “Homem do Chapéu”

Em sua campanha e mandato, Athayde popularizou o uso do chapéu de palha, símbolo pessoal que lhe rendeu o apelido de “Homem do Chapéu”. O estilo foi posteriormente adotado por políticos de Rondônia, como Ivo Cassol, marcando presença estética na política regional.

Imprensa e o jornal O Guaporé

Na campanha de 1982, arrendou o jornal O Guaporé e a Rádio Parecis, em Porto Velho. O veículo foi usado como plataforma política e acabou levado à falência, com denúncias de salários atrasados e má gestão. Esse episódio reforçou sua imagem polêmica no estado.

Últimos anos e morte

Após encerrar a carreira política, Athayde manteve negócios imobiliários, inclusive em Miami, mas continuou enfrentando problemas judiciais. Morreu em 11 de setembro de 2010, no Rio de Janeiro, aos 74 anos.

Fontes

Wikipedia – Múcio Athayde

Portal da Câmara dos Deputados – Perfil parlamentar

Gente de Opinião – “A morte de Múcio Athayde” (Carlos Sperança, 14/08/2013)

Registros de imprensa nacional e regional (Jornal O Guaporé, Última Hora, Correio do Povo)

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