Mulher Aikanã de 66 anos é primeira vítima da Covid-19 entre indígenas do Cone Sul
Sepultamento com restrições será feito na Aldeia Tubarão
Imagem ilustrativa
Vilhena registrou, na madrugada desta quinta-feira, 20, a primeira morte de indígena pela Covid-19 no Cone Sul. A vítima é uma mulher da etnia Aikanã, de 66 anos, que estava internada na “Ala Covid” do Hospital Regional desde a noite de 10 de agosto.
De acordo com informações obtidas pelo FOLHA DO SUL ON LINE junto à Equipe de Saúde Indígena de Vilhena, ligada ao Ministério da Saúde, a mulher que morreu após ser diagnosticada com a doença mora na Terra Indígena Tubarão, que fica no distrito do Rio do Ouro, pertencente a Chupinguaia.
O corpo da idosa será sepultado hoje, na comunidade indígena de 122 pessoas onde ela morava. A cerimônia seguirá os mesmos protocolos usados em enterros de “brancos”, ou seja, não haverá velório.
Desde o início da pandemia, equipes de Saúde Indígena estão trabalhando em aldeias da região, fazendo testes e dando orientações, para que o novo Coronavírus não se alastre em comunidades cujos membros têm menor resistência a doenças urbanas.
Porém, ainda não foi divulgado nenhum relatório contendo o número de casos suspeitos e confirmados de Covid-19 nas comunidades da região.
A morte da indígena não foi somada aos dois óbitos registrados ontem, porque o falecimento aconteceu quando o boletim que divulga a situação da pandemia em Vilhena já estava fechado.
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