'Não terá vala coletiva', diz secretário sobre aumento de enterros em Manaus
Aqui não terá vala coletiva, ninguém será sepultado um em cima do outro", disse ele à Rede Amazônica
O secretário Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), Sabá Reis, informou que Manaus não voltará a ter enterros em valas comuns diante do aumento de sepultamentos. "Nós vamos evitar sofrimento maior, dor das pessoas. Aqui não terá vala coletiva, ninguém será sepultado um em cima do outro", disse ele à Rede Amazônica.
Hospitais voltaram a lotar por conta do coronavírus na capital e a média diária de enterros na capital teve alta de 80%. O dirigente destacou que a média de mortes aumentou em Manaus, que teve 130 enterros apenas no sábado (9). O recorde foi no dia 26 de abril, quando 140 pessoas foram sepultadas. Até este sábado (9), mais de 5,6 mil pessoas morreram com a Covid-19 no Amazonas.
"Nós não utilizamos nenhuma ainda [covas verticais], até porque culturalmente a nossa população é acostumada em sepultar as pessoas na cova, mas na hora que não tiver mais cova, as pessoas vão ter que entender que será aí mesmo. Além disso, nós temos no crematório de Iranduba, quase 400 procedimentos de cremação, mas as pessoas não querem ser cremadas. É muito raro'', disse.
Entre abril e junho, o maior cemitério público da capital amazonense, Cemitério Parque Tarumã, teve caixões enterrados em valas comuns por conta do colapso funerário causado pela pandemia. Na época, o número de mortes ficou 108% acima da média histórica.
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