Recentemente, a influenciadora Maíra Cardi, 41, revelou em uma rede social que sua filha Sophia, 6, foi diagnosticada com Transtorno do Processamento Sensorial (TPS).
A hipersensibilidade sensorial é uma das manifestações mais comuns do transtorno de processamento sensorial, chamado de TPS, que se caracteriza por uma resposta inadequada aos estímulos sensoriais do ambiente.
“A hipersensibilidade acontece quando o cérebro tem uma resposta exagerada a alguns estímulos sensoriais que, para muitas pessoas, seriam considerados normais ou neutros, como o próprio toque, certos sons – como o de um secador de cabelo, barulho de torneira, crianças brincando no parque – ou a sensibilidade à luz”, explica o Dr. Roberto Silveira, neurologista do Hospital Icaraí.
O médico complementa que adolescentes e adultos também podem ser diagnosticados com o TPS, pois, muitas vezes, na infância, os sintomas *os sintomas podem ser confundidos com de outras condições, como transtorno do espectro autista..
*O ideal é que o indivíduo seja diagnosticado desde cedo, mas, caso não ocorra, o diagnóstico pode ocorrer na fase adulta", afirma.
Esse diagnóstico costuma ser clínico, baseado nos sintomas e queixas apresentadas no consultório, e deve ser feito por um neurologista, psiquiatra, terapeuta ocupacional ou neuropsicólogo.
“É feita a avaliação do comportamento da criança e do adulto em diferentes situações, além de entrevistas com pais, familiares, cuidadores ou outros responsáveis. Não existe um exame laboratorial específico para confirmar o diagnóstico, e sim essa observação clínica”, afirma o neurologista, que também é especialista em cognição e comportamento pelo Hospital das Clínicas da USP.
O médico explica que o tratamento é feito com psicoterapia ou terapia ocupacional, visando a adaptação do indivíduo para que ele tenha uma resposta menos exacerbada a esses estímulos externos.
“Nós adaptamos o paciente aos sons e ao toque. Quando esse tratamento não farmacológico não é efetivo, ou seja, quando não há uma resposta adequada, alguns tipos de tratamentos farmacológicos podem auxiliar. Em alguns casos, utilizamos antidepressivos, quando há sintomas de ansiedade e depressão, ou benzodiazepínicos, quando a ansiedade é mais severa. Em situações de comorbidade com TDAH, pode-se realizar tratamento com psicofármacos. E, em casos mais graves, é possível considerar antipsicóticos atípicos. O mais indicado é iniciar o tratamento de forma não farmacológica e introduzir a medicação apenas se necessário”, finaliza.
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