Nise Yamaguchi fala sobre Cloroquina, tratamento precoce e derruba argumentos da oposição

A convocação da médica à CPI atendeu a um requerimento dos senadores Marcos Rogério (DEM-RO), vice-líder do Governo no Congresso e Eduardo Girão (Podemos-CE)

Assessoria
Publicada em 01 de junho de 2021 às 18:26
Nise Yamaguchi fala sobre Cloroquina, tratamento precoce e derruba argumentos da oposição

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia ouviu, nesta terça-feira (01.06), a Oncologista, Imunologista e diretora do Instituto de Avanços em Medicina, de São Paulo, Nise Yamaguchi. A médica é uma das defensoras do chamado "tratamento precoce" para a Covid-19 e foi convidada pelo presidente Jair Bolsonaro a integrar o comitê de crise ainda na gestão do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A convocação da médica à CPI atendeu a um requerimento dos senadores Marcos Rogério (DEM-RO), vice-líder do Governo no Congresso e Eduardo Girão (Podemos-CE).

Durante seu depoimento, Nise Yamaguchi derrubou vários argumentos da oposição. A médica confirmou, por exemplo, que o Governo Federal não propôs nem elaborou minuta para alteração na bula da Cloroquina para tratamento precoce da Covid-19, esclareceu divergências sobre o tratamento precoce e negou participação ou conhecimento de um gabinete paralelo dentro do executivo. "Eu desconheço um gabinete paralelo e muito menos que eu integre qualquer gabinete paralelo. Eu sou uma colaboradora eventual e participo junto com os ministros de Saúde, deixei bem claro, como médica, cientista, chamada para opinar em comissões técnicas, em reuniões governamentais, reuniões específicas com setores do Ministério da Saúde", afirmou Yamaguchi.

Em relação ao assunto, o senador Marcos Rogério, durante sua fala, lembrou que, devido aos seus conhecimentos técnicos de mais de 40 anos de estudo científico, a médica sempre contribuiu com o país, inclusive em outros governos. “Não é de hoje que ela ajuda o país com seu conhecimento técnico, inclusive nos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula. E não apenas no Executivo, mas especialmente junto ao Legislativo e o próprio Judiciário, em algumas situações, como no envio de informações técnicas ao Supremo Tribunal Federal. Pena que somente agora isso seja considerado gabinete paralelo”, disse o senador.

Nise Yamaguchi também foi questionada sobre um vídeo no qual ela fala sobre a retomada de atividades e a imunidade de rebanho, associada ao tratamento dos casos de Covid-19 e da vacinação. Em sua resposta, a médica afirmou que “a imunidade de rebanho é um fato, não deve ser interpretada. Naquela época [do vídeo] tínhamos uma realidade diferente. Para aquele momento, a discussão era diferente. Nesse momento, ela é um fato que deve ser alcançado pela vacina", disse Nise que foi interrompida várias vezes pelos membros da oposição.  

Vice-líder do Governo, Marcos Rogério criticou o comportamento desrespeitoso de membros da comissão com a médica oncologista, que atrapalharam e não permitiram a conclusão de suas respostas. “É uma pena que falemos tanto que valorizamos a ciência e, quando temos a oportunidade de ouvir exposições técnicas em profundidade, pedimos sim ou não. Se realmente queremos discutir temas científicos, precisamos ter paciência, para ouvir as exposições com todo o conteúdo indispensável para a formação de juízo de convicção”, destacou.

Marcos Rogério em coletiva: https://www.youtube.com/watch?v=0rXlgWJ5Rsw

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