Nota de apoio a Txai Suruí
O IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas, vem por meio desta nota declarar apoio absoluto a essa jovem liderança representante dos povos indígenas da Amazônia
Depois de um discurso expressivo em Glasgow, com enorme repercussão mundial, Txai Suruí, 24 anos, única brasileira e indígena a falar na abertura da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, vem sofrendo ataques de extremistas imbuídos de discursos de ódio e preconceitos racistas e misóginos. O IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas, vem por meio desta nota declarar apoio absoluto a essa jovem liderança representante dos povos indígenas da Amazônia, que vem trilhando um caminho corajoso e significativo na luta pelos direitos dos povos originários. O fato não é um caso isolado, infelizmente, e as constantes ameaças e violências contra os povos da floresta mostram a importância da atuação das instituições que trabalham integradas na região. Txai Suruí é do povo Paiter Suruí e fundadora do Movimento da Juventude Indígena no estado. Estudante de Direito, trabalha no departamento jurídico da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé. O projeto Conectando Terras Indígenas da Associação Kanindé, parceira do IPÊ por meio do projeto LIRA, contribui para a conservação de 2.694.827 hectares de floresta e o fortalecimento de cinco associações indígenas e uma extrativista para atuarem no desenvolvimento sustentável de seus territórios. O LIRA agrega essa rede de apoio e segue na tentativa de um mundo de compreensão mútua, inclusão, reconhecimento de direitos e cuidado com as formas de vida no planeta. Leia o discurso de Txai Suruí na abertura da COP26: Meu nome é Txai Suruí, eu tenho só 24, mas meu povo vive há pelo menos 6 mil anos na floresta Amazônica. Meu pai, o grande cacique Almir Suruí me ensinou que devemos ouvir as estrelas, a Lua, o vento, os animais e as árvores. Hoje o clima está esquentando, os animais estão desaparecendo, os rios estão morrendo, nossas plantações não florescem como antes. A Terra está falando. Ela nos diz que não temos mais tempo. Uma companheira disse: vamos continuar pensando que com pomadas e analgésicos os golpes de hoje se resolvem, embora saibamos que amanhã a ferida será maior e mais profunda? Precisamos tomar outro caminho com mudanças corajosas e globais. Não é 2030 ou 2050, é agora! Enquanto vocês estão fechando os olhos para a realidade, o guardião da floresta Ari Uru-Eu-Wau-Wau, meu amigo de infância, foi assassinado por proteger a natureza. Os povos indígenas estão na linha de frente da emergência climática, por isso devemos estar no centro das decisões que acontecem aqui. Nós temos ideias para adiar o fim do mundo. Vamos frear as emissões de promessas mentirosas e irresponsáveis; vamos acabar com a poluição das palavras vazias, e vamos lutar por um futuro e um presente habitáveis. É necessário sempre acreditar que o sonho é possível. Que a nossa utopia seja um futuro na Terra. Obrigada! |
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Comentários
Certamente, a maioria dos leiotores deste meu comentário, nunca ouviu falar de Anísio Teixeira bem como do General Golbery, são desconhecedores da contribuição deste dois brasileiro, ao planejamento estratégico do Estado Brasileiro. o anafabatismo chegou às Universidades, a maioria dos universitários não possuem habito de leitura. O pior é que os nossos governantes também são analfabetos funcionais, que chegaram na vida pública interessado nos seus próprios umbigos.
Essa moça Txai Suruí é um orgulho para o povo rondoniense, uma índia bem preparada com uma língua inglesa fluente, oriunda de uma tribo índigena que (três) decadas atás não possuía contato com a civilização. Ela representa não apenas as diversas tribos indigenas do Estado de Rondônia, mais em especial toda a população do Estado de Rondônia, pois a educação é a única forma de prosperidade do povo brasileiro. O preparo educacional dado à essa moça é quase semelhante ao que foi dado a Anísio Teixeira. o qual foi preparado pela Igreja da Bahia para ser PAPA, ele não seguiu a vida religiosa, porém foi um dos mais culto dos Brasileiro, contribuindo com a sociedade privada em oposição ao ilustre sábio do Exército Brasileiro Golbery do Couto e Silva. O Brasil necessita de mentes brilhantes.
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