Nota de repúdio ao programa Pânico da Jovem Pan

As declarações homofóbicas dos integrantes do programa desrespeitam não somente os policiais que sacrificam a saúde para atuar no sistema, mas também todos aqueles que perderam a vida por cumprirem sua função

Assessoria
Publicada em 06 de outubro de 2023 às 15:17
Nota de repúdio ao programa Pânico da Jovem Pan

Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo (SIFUSPESP) repudia a declaração criminosamente homofóbica dos integrantes do programa Pânico, da Jovem Pan, que, na edição desta sexta-feira (06/10), classificaram os policiais penais do estado de São Paulo como ‘guardas Juju’, numa referência ao personagem do humorístico ‘A Praça é Nossa’, interpretado pelo ator Roberto Marquis.

As falas dos integrantes, proferidas durante a entrevista do governador Tarcísio de Freitas, são uma nítida tentativa de desqualificar uma profissão fundamental para a segurança pública. A Polícia Penal, a mais perigosa entre as profissões da segurança pública, é a responsável por garantir a segurança nos presídios superlotados do Estado de São Paulo.

Diariamente, policiais penais lidam com cerca de 200 mil presos, a maior população carcerária do Brasil. Estamos falando de uma categoria que, por causa das péssimas condições de trabalho, resultantes do sucateamento das unidades, do deficit de servidores, que têm hoje o menor efetivo dos últimos 10 anos, e do estresse inerente à função, tem uma expectativa de 45 anos, contra a média nacional de 77 anos, conforme atestou pesquisa da USP.

As declarações homofóbicas dos integrantes do programa desrespeitam não somente os policiais que sacrificam a saúde para atuar no sistema, mas também todos aqueles que perderam a vida por cumprirem sua função e por lidarem diretamente com o crime organizado.

A Polícia Penal exige respeito!

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