O perigo de misturar política com religião

De tempos a este, políticos e líderes religiosos, cada vez mais preocupados com seus interesses, com as devidas exceções, insistem em misturar as coisas de Deus com as coisas do mundo

Fonte: Valdemir Caldas - Publicada em 10 de outubro de 2024 às 17:05

O perigo de misturar política com religião

Considero perigoso a ideia de misturar religião com política. A política, como nós sabemos, é um campo minado, onde predominam inveja, discórdia, traição e, principalmente, corrupção, coisas que vão na contramão do que prega a palavra de Deus, cuja essência é o amor, a misericórdia, a caridade e o respeito ao próximo.

De tempos a este, políticos e líderes religiosos, cada vez mais preocupados com seus interesses, com as devidas exceções, insistem em misturar as coisas de Deus com as coisas do mundo e, quando isso acontece, o resultado é sempre desastro. A história mundial está repleta de exemplos do que aconteceu quando esses dois universos se juntaram.

Tenho respeito e admiração pelo segmento evangélico, em cujo terreno construí amizades sinceras. Só discordo quando algumas denominações resolvem mistura religião com política, cedendo, inclusive, seus púlpitos, que é um local sagrado, reservado para pregação da palavra de Deus, para serem usados por políticos demagogos e bravateiros.

O pastor da Igreja Assembleia de Deus Vencer em Cristo, Silas Malafaia, é uma pessoa muito importante e reconhecida na sua área de trabalho. Ele foi um dos maiores apoiadores de Jair Bolsonaro. Chegou a comprar briga com quase todo mundo por causa do ex-presidente. Dias atrás, Malafaia deixou políticos e religiosos boquiabertos, ao fazer severas críticas ao ex-comandante do Brasil, chamando-o de ‘covarde e omisso’ por causa do seu papel nas eleições de São Paulo. Na prática, Malafaia queria uma atuação mais efetiva de Bolsonaro na campanha de Ricardo Nunes, o que não aconteceu.

Estudiosos do comportamento humano garantem que a conduta de Malafaia apenas revela seus próprios interesses, típico de alguém que quer ser protagonista. Independentemente dos motivos que levaram Malafaia a partir em tropelia contra alguém cujo projeto político ele abraçou abertamente, inclusive participando de manifestações pró-Bolsonaro, seu gesto causou uma péssima impressão, sobretudo porque isso acaba maculado a obra do Reino, que não tem nada que ver com as obras da carne na qual a política está inserida.

O perigo de misturar política com religião

De tempos a este, políticos e líderes religiosos, cada vez mais preocupados com seus interesses, com as devidas exceções, insistem em misturar as coisas de Deus com as coisas do mundo

Valdemir Caldas
Publicada em 10 de outubro de 2024 às 17:05
O perigo de misturar política com religião

Considero perigoso a ideia de misturar religião com política. A política, como nós sabemos, é um campo minado, onde predominam inveja, discórdia, traição e, principalmente, corrupção, coisas que vão na contramão do que prega a palavra de Deus, cuja essência é o amor, a misericórdia, a caridade e o respeito ao próximo.

De tempos a este, políticos e líderes religiosos, cada vez mais preocupados com seus interesses, com as devidas exceções, insistem em misturar as coisas de Deus com as coisas do mundo e, quando isso acontece, o resultado é sempre desastro. A história mundial está repleta de exemplos do que aconteceu quando esses dois universos se juntaram.

Tenho respeito e admiração pelo segmento evangélico, em cujo terreno construí amizades sinceras. Só discordo quando algumas denominações resolvem mistura religião com política, cedendo, inclusive, seus púlpitos, que é um local sagrado, reservado para pregação da palavra de Deus, para serem usados por políticos demagogos e bravateiros.

O pastor da Igreja Assembleia de Deus Vencer em Cristo, Silas Malafaia, é uma pessoa muito importante e reconhecida na sua área de trabalho. Ele foi um dos maiores apoiadores de Jair Bolsonaro. Chegou a comprar briga com quase todo mundo por causa do ex-presidente. Dias atrás, Malafaia deixou políticos e religiosos boquiabertos, ao fazer severas críticas ao ex-comandante do Brasil, chamando-o de ‘covarde e omisso’ por causa do seu papel nas eleições de São Paulo. Na prática, Malafaia queria uma atuação mais efetiva de Bolsonaro na campanha de Ricardo Nunes, o que não aconteceu.

Estudiosos do comportamento humano garantem que a conduta de Malafaia apenas revela seus próprios interesses, típico de alguém que quer ser protagonista. Independentemente dos motivos que levaram Malafaia a partir em tropelia contra alguém cujo projeto político ele abraçou abertamente, inclusive participando de manifestações pró-Bolsonaro, seu gesto causou uma péssima impressão, sobretudo porque isso acaba maculado a obra do Reino, que não tem nada que ver com as obras da carne na qual a política está inserida.

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