Olhe à sua volta!
Porto Velho, hoje, é o retrato do descaso, uma espécie de terra arrasada, mas nem tudo está perdido.
(*) Valdemir Caldas
Gosto de Porto Velho. Aliás, gostar é pouco. Amo essa cidade, pois foi ela que me acolheu, onde me cansei, tive filhos e netos. Já declarei meu amor por esse pedaço de chão em ocasiões anteriores e o faço tantas quantas vezes forem necessárias, sem nenhum pejo, mas sou obrigado a dar a mão à palmatória ao reconhecer que os problemas que afligem a nossa cidade são consequências da ausência de uma política gerencial.
E isso, evidentemente, me deixa extremamente triste e desconfortável, para não dizer frustrado e revoltado. É como se a nossa cidade tivesse sido talhada para o fracasso. Entra prefeito, sai prefeito, e as coisas não andam, ou melhor, andam sim, só que para trás. Parece algo patológico, doentio, crônico.
E como mudar esse quadro? Só tem um jeito: escolher um administrador que se identifique com a cidade, alguém que tenha com ela uma espécie de relação platônica, uma paixão que deságua na descoberta e no resgate da cidadania. Só cantá-la, em prosa e verso, durante o período eleitoral, é muito pouco. Depois, é fácil esquecê-la, deixá-la num canto qualquer da casa, como se fosse um objeto imprestável, sem nenhuma utilidade. Se não entender a cidade e humanizá-la, nada feito. É preciso criar uma consciência crítica e consolidada em torno do revigoramento da urbe.
A maioria dos nossos monumentos históricos está caindo aos pedaços. E os poucos que ainda restam, que conseguiram sobreviver às intempéries de administrações predatórias, carecem de cuidados. A impressão é que tudo se transformou numa realidade de faz-de-conta, em uma cidade que já teve a oportunidade de tornar-se grande, mas que sempre foi marginalizada, desprezada e esquecida por políticos irresponsáveis e descomprometidos com as causas do seu povo.
Reconhecidamente, não é fácil administrar uma cidade com a dimensão geográfica e os problemas de Porto Velho, mas não conseguir sequer preservar o pouco que foi conquistado, a duras penas, durante décadas, é de uma incúria administrativa cavalar. Não há mágica. A receita é competência, coragem, estoicismo e determinação para estabelecer as bases de uma nova cidade sobre os atuais escombros.
Difícil é encontrar alguém com essas e outras qualidades, mas existe. Basta olhar à sua volta. Gosto de ver e ouvir o vereador Aleks Palitot levantar a bandeira de Porto Velho. É impressionante a maneira como ele se entregue na defesa das coisas da cidade e da sua gente. Poucos são os políticos que se envolvem tanto e com tanto afinco com o dia-a-dia da cidade. Quando o assunto é educação, valorização da nossa cultura, costumes e tradições, ai, então, Palitot revela seu pendor. Porto Velho, hoje, é o retrato do descaso, uma espécie de terra arrasada, mas nem tudo está perdido. Olhe à sua volta!
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