Operação Mapinguari de desocupação do 'Bico do Parque' ocorre sem nenhuma intercorrência

Famílias saíram voluntariamente da área ocupada de forma ilegal

Gerência de Comunicação Integrada (GCI)
Publicada em 15 de agosto de 2023 às 14:24
Operação Mapinguari de desocupação do 'Bico do Parque' ocorre sem nenhuma intercorrência

Em uma ação coordenada pelo Ministério Público de Rondônia e parceiros, a Operação Mapinguari, de desocupação do Parque Estadual de Guajará-Mirim, e sua zona de amortecimento conhecida como “Bico do Parque”, ocorre de forma tranquila e sem registro de nenhum tipo de intercorrência.

Levantamento prévio mostrou que em torno de 100 barracos foram construídos na área, no entanto, a grande maioria das construções não era utilizada como moradia e que constatou-se que havia grande especulação imobiliária no local, com a existência de organização criminosa voltada a grilagem e venda de área pública ambientalmente protegida.


Pelo menos 23 famílias que viviam nos barracos haviam saído voluntariamente, obedecendo à decisão judicial, bem como a maior parte das mais de 2 mil cabeças de gado haviam sido retiradas, antes da chegada das equipes de segurança. Todos os barracos encontrados no espaço foram destruídos pelos policiais e fiscais, conforme estipulado na ação de reintegração.

O coordenador do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (GAEMA), Promotor de Justiça Pablo Hernandez Viscardi, esteve nesta segunda-feira (14/8), na base da Operação, bem como na área do Bico do Parque. Ele também sobrevoou a área para registrar o tamanho do dano ambiental causado pela invasão, com derrubada de mata, que deu lugar ao pasto para criação de gado.

O Promotor elogiou a atuação da Polícia Militar e dos demais órgãos parceiros na missão e destacou o êxito do trabalho conjunto: “O Estado recebe de volta essa área de relevância ambiental ímpar para o bioma amazônico sem nenhum tiro ter sido disparado ou qualquer outra intercorrência, tudo graças ao planejamento cuidadoso e eficaz das forças de segurança envolvidas”, ponderou.

As equipes policiais e de fiscalização irão permanecer na região por tempo ainda indeterminado, para evitar possíveis novas invasões.

Mais de trezentos agentes estão diretamente envolvidos na Operação Mapinguari, sendo integrantes das Polícias Civil e Militar, Batalhão Ambiental (BPA); Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (SEDAM) e ainda Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (IDARON); Bombeiros; Secretaria de Ação Social (SEAS), Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Exército Brasileiro, além de equipes de servidores da Secretaria de Assistência Social de Nova Mamoré e Guajará-Mirim e Oficiais de Justiça do TJRO.

Além de viaturas, caminhões, ônibus, motocicletas e quadriciclos, estão à disposição das equipes dois helicópteros da PM, bem como equipamentos e instrumentos necessários na ação.

O Parque Estadual de Guajará-Mirim é uma unidade de conservação de proteção integral, localizada em Município homônimo e em Nova Mamoré, compreendendo uma área de 200 mil hectares. A região sofreu significativa devastação com a ação de invasores ao longo dos anos. Pelos cálculos das entidades ambientais, ao menos 15 (quinze) mil hectares foram devastados pela exploração ilegal.

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