Oposição e jornalistas defendem liberdade de imprensa e democracia em ato virtual
Na reunião, eles pediram respeito às instituições democráticas e aos veículos e profissionais de comunicação, pilares do Estado democrático de direito
ABI, Fenaj e Abraji organizaram o ato on-line
Senadores e deputados da oposição participaram de ato virtual em defesa da liberdade de imprensa na manhã desta quarta-feira (3). Na reunião, eles pediram respeito às instituições democráticas e aos veículos e profissionais de comunicação, pilares do Estado democrático de direito.
A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), que é jornalista, afirmou que o governo naturaliza a violência contra os profissionais de imprensa e ressaltou a necessidade de união de todos os segmentos da sociedade para defender a democracia.
— Esse é um debate que muito me alegra, muito me anima. Porque a gente ver uma unidade, uma junção de forças contra uma escalada autoritária deste governo — destacou a parlamentar.
Na mesma linha, o senador Weverton (PDT-MA) afirmou que “calar a imprensa é calar a sociedade e a democracia”.
Organizado pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), o ato contou com a presença de representantes das entidades, jornalistas e líderes da oposição. Eles classificaram os recentes ataques a jornalistas e a veículos de imprensa como atentados à democracia e criticaram a postura do presidente Jair Bolsonaro que, segundo a Fenaj, foi responsável por 179 ataques à imprensa, de janeiro a abril deste ano.
Para o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o ato é em defesa da democracia.
— De todos os sinais do regime autoritário, um dos mais fortes é a violência contra a liberdade de imprensa — pontuou.
— Não há democracia sem imprensa livre e sem respeito às instituições democráticas — disse o senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB).
A jornalista Cristina Serra citou trecho de discurso do então presidente da Assembleia Nacional Constituinte Ulysses Guimarães na sessão de promulgação da Constituição, em 1988: “Temos ódio e nojo da ditadura”, afirmou Ulisses. Cristina disse que, naquele momento, acreditou que viveria em um país livre e pediu que essa esperança não seja destruída.
— Precisamos empunhar a bandeira da democracia. Nessa luta pela democracia, nós jornalistas temos lado sim. Estamos ao lado da defesa dos direitos humanos, da defesa da democracia, da liberdade, do equilíbrio entre os poderes e da defesa das nossas instituições. E claro na defesa da liberdade de imprensa e mais importante de tudo, nós defendemos a vida e a saúde da população brasileira — afirmou.
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