Pacto pela Democracia: Repúdio à tentativa de celebrar o Golpe de 1964
Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça: Ditadura Nunca Mais
As organizações da sociedade civil aqui signatárias vêm a público reforçar seu compromisso com a democracia brasileira e manifestar repúdio às recorrentes tentativas de se reescrever a história brasileira ao ‘celebrar’ o golpe civil-militar ocorrido em 31 de março de 1964.
O regime autoritário imposto pelo golpe militar de 1964 ceifou vidas, cerca de 434 pessoas foram mortas, mais de 20 mil cidadãos e cidadãs brasileiras torturadas, além da perseguição e do afastamento da vida pública de quase cinco mil representantes políticos em todo país. A censura imposta a estudantes, jornalistas, artistas e intelectuais deixou cicatrizes profundas nas instituições e na sociedade brasileiras.
O período recente da história brasileira tem sido marcado por ataques à democracia e às instituições com perseguição de opositores e vozes dissidentes, como membros da sociedade civil organizada, jornalistas, artistas e ativistas. Todos os pilares democráticos estabelecidos pela Constituição Federal de 1988 vêm sendo ampla e gravemente atacados pelo atual governo federal ao longo dos últimos três anos, sendo o processo eleitoral um alvo recorrente e primordial de tais investidas.
Nesse contexto em que a integridade e credibilidade do sistema eleitoral estão sob ameaças, a atuação da Justiça Eleitoral na defesa da democracia e da lisura do processo eleitoral é fundamental. Não há espaço, portanto, para decisões que tentem impor uma censura prévia a manifestações artísticas legítimas, fragilizando a democracia brasileira ao não se coadunarem com o papel histórico dessa importante instituição.
As lógicas de poder concentrado e permanente, as restrições de liberdades individuais, da participação popular e política e do direito ao voto, a perseguição e intolerância à oposição e a censura foram descontinuadas pelo processo de democratização e assim devem ser mantidas e ampliadas. As organizações abaixo signatárias valorizam e defendem a democracia e seus princípios de poder descentralizado e alternado, com o reconhecimento de pertencimento de todas e todos, de forma participativa e de multiplicidade ideológica em todas as esferas da vida social e política, com liberdade de associação, participação, de expressão e de imprensa.
A sociedade civil organizada coloca-se como motor e amplificador da democracia em suas diversas perspectivas e, desse modo, vem a público repudiar toda e qualquer tentativa de retrocesso democrático e conclamar as instituições a reforçarem sua missão institucional de manutenção da liberdade de expressão e da democracia em nosso país.
O nosso compromisso é com a construção de uma sociedade democrática, livre de censura, perseguições e violência institucional, e por isso, seguiremos atuantes, vigilantes e na luta.
Confira as organizações que assinam a nota:
ABI (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE IMPRENSA)
- Abong - Associação Brasileira de ONGs
- Ação Educativa
- Aliança Nacional Lgbti+
- ANPED - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
- Articulação Brasileira de Gays - ARTGAY
- Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji)
- Associação Internacional Maylê Sara Kalí - AMSK/Brasil
- Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Educação - ANPEd
- CANDACES
- Casa Marielle Franco Brasil
- Católicas pelo Direito de Decidir
- Cenpec
- Centro de Defesa da vida Herbert de Sousa
- Centro das Mulheres do Cabo
- Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo - LAUT
- Centro de Convivência É de Lei
- Centro de integração raio de Sol
- Centro Popular de Direitos Humanos - CPDH
- Cidade Escola Aprendiz
- Comissão Pastoral da Terra - CPT
- Conectas Direitos Humanos
- CTI - Centro de Trabalho Indigenista
- Delibera Brasil
- Escola de Ativismo
- Fórum da Amazônia Oriental - FAOR
- Geledés Instituto da Mulher Negra
- Elas No Poder
- Escola Comum
- GESTOS-- Soropositividade, Comunicação e Gênero
- GTP+ GRUPO DE TRABALHOS EM PREVENÇÃO POSITHIVO GTP+
- Frente Favela Brasil
- Idec - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
- Indômitas Coletiva Feminista
- Grupo de Estudos Democratismo
- INESC Instituto de estudos socioeconômicos
- Iniciativa Direito a Memória e Justiça Racial
- Instituto Alziras
- Instituto Arueras
- Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico - IBDU
- Instituto Cidade Democrática
- Instituto de Defesa do Direito de Defesa - IDDD
- Instituto de Governo Aberto - IGA
- Instituto EcoVida
- Instituto Hori - Educação e Cultura
- Instituto Patauá
- Instituto Physis - Cultura & Ambiente
- Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
- Instituto Sou da Paz
- Instituto Update
- Instituto Vladimir Herzog
- Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social
- IPAD SEJA DEMOCRACIA
- Kurytiba Metropole
- Laboratório de Estudos da Mídia e da Esfera Pública (LEMEP)
- Laboratório interdisciplinar de inovação em organizações e políticas públicas
- Liga Brasileira de Lésbicas - LBL
- Mater Natura - Instituto de Estudos Ambientais
- MCCE - Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral
- Mobis Educação
- Movimento do Espírito Lilás - MEL
- Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST
- Movimento Mapa Educação
- MPD - Movimento do Ministério Público Democrático
- Nuances - Grupo pela Livre Expressão Sexual
- Núcleo de Preservação da Memória Política
- Observatório para qualidade da lei e LegisLab
- NOSSAS
- Observatório do Marajó
- Oxfam Brasil
- Plan International Brasil
- PNBE
- Política Viva
- ponteAponte
- Projeto Saúde e Alegria
- Rede Brasileira de Conselhos - RBdC
- Rede Conhecimento Social
- Rede Jubileu Sul Brasil
- Rede LésBi Brasil
- Rema Rede de Matriz Africana
- Sistema B Brasil
- Terra de Direitos
- Tornavoz
- Transparência Brasil
- Transparência Capixaba
- Transparência Eleitoral Brasil
- Vida Brasil
- WWF-Brasil
- ZANZALAB
Escola da Magistratura do TJRO tem nova sede em Porto Velho
Inauguração ocorreu nesta quarta-feira, 30, em cerimônia solene
Comarca de Ji-Paraná divulga pauta do júri do mês de abril
As sessões terão início às 8h e serão presididas pelo juiz Valdecir Ramos de Souza
Justiça de Rondônia condena réu menos de um mês após o crime de roubo
O réu recebeu a pena de quatro anos e seis meses a ser cumprida inicialmente no regime fechado, uma vez que é reincidente
Comentários
Seja o primeiro a comentar
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook