Parceria disponibiliza cursos voltados para o Programa Justiça 4.0

O programa de formação foi concebido para geração de processos e produtos que proporcionem inovações tecnológicas visando a eficiência e efetividade da justiça

Jeferson Melo Agência CNJ de Notícias/Foto: Arte: CNJ
Publicada em 16 de novembro de 2021 às 21:18
Parceria disponibiliza cursos voltados para o Programa Justiça 4.0

Com inscrições previstas para o mês de dezembro, o Departamento de Pesquisas Judiciárias do Conselho Nacional de Justiça (DPJ/CNJ) irá disponibilizar uma série de cursos de capacitação para magistrados e servidores do Poder Judiciário brasileiro. A formação, que terá início em fevereiro do próximo ano, ocorre no âmbito do “Programa Justiça 4.0: Inovação e efetividade na realização de Justiça para todos” e visa, juntamente com aperfeiçoamento profissional, o desenvolvimento de estudos, novas metodologias e criação de mecanismos e instrumentos que contribuam para o aperfeiçoamento da prestação jurisdicional.

Viabilizado por meio de um acordo de cooperação envolvendo CNJ, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e Universidade Federal do Paraná (UFPR), o programa de formação ocorrerá na modalidade de Ensino a Distância (EaD). Os cursos oferecidos incluem Fundamentos de estatística para Ciência de dados, Excel para análise de dados, R para análise de dados, Python para análise de dados, Dashboards com o Power BI, Dashboards e relatórios dinâmicos com o R, Aprendizado de máquina (machine learning) e Mineração de texto.

As inscrições que serão abertas em dezembro se referem inicialmente aos cursos que começarão em fevereiro, que compreendem os módulos de: fundamentos de estatística para ciência de dados, Excel para ciência de dados, R para análise de dados e Python para análise de dados.

O programa de formação foi concebido para geração de processos e produtos que proporcionem inovações tecnológicas visando a eficiência e efetividade da justiça. De acordo com a Diretora do DPJ, Gabriela Azevedo, o objetivo consiste em expandir o uso de dados e difundir o conhecimento técnico necessário para análise de dados em todo o Poder Judiciário, estimulando, assim, a produção de estudos e diagnósticos locais, bem como capacitar magistrados e servidores em ferramentas que os auxiliem no processo de verificação, saneamento e produção de informação a partir de bancos de dados.

Segundo Ana Lúcia Aguiar, juíza coordenadora do DPJ, o curso também irá fortalecer a gestão da informação, contribuindo para formulação de políticas judiciárias baseadas em evidências e gestão por resultados. Ela explica que, juntamente com a economicidade proporcionada pela modalidade EaD, a iniciativa contribuirá para ampliar conhecimentos em termos de gestão da informação para o uso e manuseio de dados, acesso à informação, capacitação e fortalecimento da governança. “O aprimoramento da gestão de dados do Poder Judiciário é fundamental, pois tais informações são essenciais, tanto para a formulação de políticas judiciais, quanto para a própria gestão do Poder Judiciário”.

As vagas são limitadas e em um segundo momento todos os cursos estarão disponíveis na plataforma CEAJud no formato autoinstrucional.

Justiça 4.0

Implementado pelo CNJ em fevereio deste ano, o “Programa Justiça 4.0 – Inovação e efetividade na realização da Justiça para todos” é um dos eixos estratégicos da gestão do presidentedo do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux.  A iniciativa disponibiliza instrumentos para prestação de serviços de Justiça de forma digital com elevação da eficiência e redução de custos para proporcionar acesso à Justiça para toda população e responder às demandas de maneira ágil e efetiva. Para cumprir tais objetivos, o Justiça 4.0 investe em projetos baseados no uso de novas tecnologias, inteligência artificial (IA) e desenvolvimento colaborativo de programas e produtos.

O Justiça 4.0 é composto por ações como o Juízo 100% Digital, o Balcão Virtual, a Plataforma Digital do Poder Judiciário (PDPJ), a Base de Dados Processuais do Poder Judiciário (DataJud) e a implantação do sistema Codex, que tem por objetivo receber documentos processuais e transformar, em texto puro, decisões e petições que possam subsidiar aplicações de modelos de IA.

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