Professor David Nogueira

Esta notícia, dada sem o destaque e a importância devidas, está por trás dos grandes interesses geopolíticos dos EUA... além de ser, nos dias atuais, um dos seus maiores pesadelos.

A diminuição da importância do dólar nas transações comerciais tem poder avassalador sobre a força da economia americana no mundo.

Em abril de 2010, Lula recebeu em Brasília os presidentes dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), onde o principal ponto das "agendas de bastidores" era a proposta da China da criação de uma ‘moeda única’ para facilitar as transações comerciais entre os países membros.

Ali, um duríssimo golpe na hegemonia do "dólar" no planeta estava em gestação.

Hoje, a divulgação da drástica substituição do dólar (pelo Euro e o yuan) nas trocas comerciais entre Rússia e China abre caminho para outras realidades onde o dólar não seja, obrigatoriamente, a única referência mundial para o comércio.

Aquela política de fortalecimento dos BRICS interessava ao Brasil (em postura altiva, soberana e respeitada) como opção de um mundo multipolar, mais equilibrado e justo.

Este capítulo em especial (do enfraquecimento do dólar) fez parte da base do Golpe de 2016, juntamente com o Pré-Sal (e desdobramentos econômicos), articulado nas sombras e nos esgotos do Departamento de Justiça e de Estado dos EUA.

A realidade do Brasil não pode ser compreendida fora da visão dos interesses americanos (seriamente ameaçados) na AL e no mundo.

Não enxergar tais fatos com clareza é mais do que patética ingenuidade... é burrice perigosa.

https://www.google.com/amp/s/br.sputniknews.com/amp/russia/2020072915880438-uso-do-dolar-nas-relacoes-comerciais-entre-russia-e-china-atinge-minimo-historico/

Professor David Nogueira

Foi Assessor Técnico no Senado e na ALE-RO,  Dirigente Partidário, Sindicalista da Educação e Militante Social.