Perimenopausa: o que é a fase pré-menopausa que afeta tantas mulheres?

A perimenopausa começa no final dos 40 anos; no entanto, pode ter início antes, entre os 30 e os 40, com duração que varia de pessoa para pessoa

Fonte: Da redação/Foto: Créditos: iStock - Publicada em 20 de agosto de 2025 às 14:14

Nem todo mundo sabe, mas entre a fase reprodutiva e a chegada definitiva da menopausa existe um período de transição chamado perimenopausa. É neste estágio que muitas mulheres começam a perceber mudanças físicas, emocionais e cognitivas que podem impactar na qualidade de vida.

A perimenopausa começa no final dos 40 anos; no entanto, pode ter início antes, entre os 30 e os 40, com duração que varia de pessoa para pessoa. O principal responsável pelas alterações é o declínio irregular dos hormônios sexuais, especialmente o estrogênio, que sofre oscilações marcantes antes de desaparecer por completo na menopausa.

Entre os sintomas mais comuns, estão ciclos menstruais irregulares, ondas de calor, sudorese noturna, alterações no humor, secura vaginal, perda de densidade óssea e mudanças comportamentais, como a chamada “névoa mental” – pode ser um momento de confusão, pela falta de informação e de acompanhamento médico adequado.

Sintomas e causas hormonais

Algumas mulheres sentem somente leves desconfortos, enquanto outras enfrentam dificuldades significativas. Além dos sintomas físicos, como ganho de peso, cãibras e queda de cabelo, há também efeitos emocionais importantes, como ansiedade, tristeza, insônia e baixa autoestima.

Um sentimento comum entre quem está nesta fase é o de “não se reconhecer mais”. O termo NFLM (Not Feeling Like Myself), popular nos Estados Unidos, resume a sensação. Em parte, isso se deve à forma irregular como os ovários reduzem sua atividade hormonal, causando flutuações que confundem o corpo e a mente.

Por não haver um marcador específico para a perimenopausa, como há para a menopausa, definida por 12 meses sem menstruação, muitas mulheres demoram a perceber o que está acontecendo. A ausência de exames que confirmem com precisão esse diagnóstico contribui para o quadro ser negligenciado.

Menopausa x perimenopausa: quais são as diferenças?

Enquanto a menopausa marca o fim da vida fértil, a perimenopausa é o período que antecede, geralmente com duração de cinco a sete anos. Durante esse tempo, os ovários diminuem sua função, e os sintomas vão se intensificando até cessar a menstruação.

De acordo com o Ministério da Saúde, a perimenopausa, a menopausa e a pós-menopausa fazem parte do climatério, entre os 40 e 65 anos, que engloba todas as fases de transição hormonal. O acompanhamento médico pode ajudar a entender os sinais do corpo e identificar as melhores formas de tratamento.

Embora os sintomas possam ser semelhantes nas três fases, a perimenopausa é marcada por instabilidade hormonal. Já na pós-menopausa, quando os hormônios se estabilizam em níveis baixos, deve haver uma melhora significativa dos sintomas.

Como tratar os sintomas e melhorar a qualidade de vida

A principal forma de tratamento da perimenopausa é a terapia de reposição hormonal (TRH), indicada e monitorada por um profissional de saúde. O uso de estrogênio – isolado ou combinado com outros hormônios – pode ser feito por via oral, em adesivos ou em gel, com dosagem personalizada.

Apesar de ainda gerar dúvidas, a TRH se mostra eficiente na redução de sintomas físicos e emocionais. Além disso, auxilia na prevenção da osteoporose e de doenças cardiovasculares, principalmente em pessoas com histórico familiar ou fatores de risco associados à queda hormonal.

Outras soluções incluem reposição de nutrientes, atividade física, alimentação balanceada, psicoterapia e uso de anticoncepcionais combinados. Uma opção recomendada é o Iumi anticoncepcional, que combina estrogênio e progestagênio. Ele é recomendado tanto para controle de sintomas quanto para regular o ciclo menstrual, uma alternativa viável para quem ainda está ovulando.