Pesquisas epidemiológicas destacam Rondônia em cenário nacional; Instituto se desenvolve com fomento da Fapero e CNPq
Com recurso destinado ao desenvolvimento de pesquisas por cinco anos, pesquisadores posicionam o Estado como protagonista das ações desenvolvidas sobre a epidemiologia e condições humanas.
Pesquisas promovem avanço no desenvolvimento da saúde no Estado de Rondônia.
Em seu segundo ano de desenvolvimento, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) sediado em Porto Velho, representa a inserção do Estado de Rondônia no cenário nacional de pesquisa, conquista alcançada com a participação da Fundação Rondônia de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa (Fapero). Com recurso destinado ao desenvolvimento de pesquisas por cinco anos, pesquisadores posicionam o Estado como protagonista das ações desenvolvidas sobre a epidemiologia e condições humanas.
Pesquisadores atuam integrados para desenvolvimento de pesquisas epidemiológicas.
O INCT orienta pesquisas, norteia as perguntas, por uma rede de pesquisadores que desenvolvem pesquisas e soluções em conjunto, por meio de laboratórios associados dentro de instituições, focados em rumores, investigações e evidências. Em 2014, Rondônia aderiu ao edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para implantação do Instituto, e foi aprovado em 8° lugar na classificação nacional de projetos, pelo alinhamento de proposta às problemáticas do território estadual. A proposta “Epidemiologia na Amazônia Ocidental” gerou o movimento de desconcentração dentro da região amazônica, abrangendo também os estados do Acre, Amazonas e Pará.
O Instituto de Nacional de Epidemiologia da Amazônia Ocidental (Epiamo), para o desenvolvimento de pesquisas durante cinco anos, conta com aproximadamente R$ 5 milhões, fomentados pela Fapero e CNPq, para custear atividades em campo e apoio laboratorial. Esse tipo de financiamento permite ações mais criativas e céleres, valorizando a realidade de cada situação e destacando a visão conjunta das iniciativas. Com fomento pela Fapero, Rondônia é um dos melhores lugares na Amazônia para pesquisas clínicas, por conter profissionais médicos, biólogos, biomédicos, ambientalizados, com competência para intervenções em saúde medicamentosa, que precisam de ensaio clínico.
O Instituto trabalha com perspectivas de projetos e fortalecimento da rede, com a participação de pesquisadores de outros estados para ações locais, atuando com projetos em diversos municípios, como a epidemiologia, estudando as condições humanas e condições de doenças, principalmente infectocontagiosas, e com objetivo de realizar intervenções, conforme as especificidades do Estado, que é referência nacional em pesquisas de arboviroses (dengue, chikungunya, zika e febre amarela).
Projetos como o ambulatório de virologia, com destaque em pesquisas de hepatite C, e trabalho com populações apenadas, onde há incidência de hepatites, tuberculose e outras condições, permite também maior conhecimento da saúde do apenado.
“Todos os trabalhos de base, de conhecer o que está acontecendo, para propor intervenções, estão no escopo do nosso programa. Por exemplo, a Malária, que está em um nível maior de conhecimento epidemiológico, com sistema nacional estruturado e articulado com o INCT específico de malária, localizado em Manaus”, destacou o biólogo e pesquisador Ricardo de Godoi, doutor em epidemiologia genética e coordenador de Planejamento Estratégico da Fiocruz no Rio de Janeiro.
A rede de pesquisadores desenvolve também atividades de pesquisas relevantes com as características das populações ribeirinhas amazônicas, que demandam desafios epidemiológicos específicos, como a mansonelose na região do Rio Purus, morbidade e mortalidade infantil, suspeita de Doença de Chagas através do açaí, ainda classificado como rumor, e trabalhos com a Hanseníase na região de Monte Negro. Com a Leishmaniose, as pesquisas desenvolvidas por pesquisadores de referências é um trabalho continuado em parceria com as vigilâncias em saúde, municipais e estadual. Vale destacar também, o fomento e incentivo à formação de pessoas com visão científica especializada, com movimentação de alunos em ambientes de pesquisas, como os laboratórios da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Universidade de São Paulo (USP). E, o apoio à pós-graduação de biologia experimental.
Na Fiocruz são armazenados vetores e insetos capturados de diversas localidades, com isso um material de consulta está sendo consolidado, com a digitalização de acervo para acesso online, meta oriunda do Epiamo, que também atua com o desenvolvimento tecnológico, possibilitando o aprimoramento de pesquisas e resultados.
A maioria dos laboratórios de pesquisa de Rondônia ficam na Fiocruz, como o laboratório de pesquisa em Leishmaniose, e outras instituições também são referências como o Centro de Pesquisa em Medicina Tropical (Cepem) com os laboratórios de arboviroses, laboratório de microbiologia e hepatites virais, a Universidade de Rondônia (Unir) com o laboratório de entomologia e o Conselho de Biologia com o laboratório de biotecnologia.
Segundo relatório do Epiamo, como resultados dos investimentos, mais de 560 atividades de campo foram aplicadas pelo Instituto, quase 5 mil pacientes foram atendidos e 1.165 diagnósticos foram realizados.
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É importante salientar que as áreas cultivadas com soja em Rondônia ocupam pouco mais de 1% do solo próprio para lavouras desta oleaginosa, 260 mil hectares, distribuídos nos 52 municípios, enquanto a pecuária esta presente em mais de 8 milhões de hectares.
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