PF cumpre mandados em Rondônia em operação contra madeireiras irregulares
As investigações tiveram início em junho de 2020, após fiscalização realizada pela SEDAM/RO (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental do Estado de Rondônia) e pelo Batalhão de Polícia Ambiental da Polícia Militar do Estado de Rondônia
Porto Velho/RO - A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (24/06/2021), a denominada OPERAÇÃO FLORESTA S/A II, no intuito de desarticular diversas madeireiras irregulares que atuam na Cidade de Buritis/RO, em especial, na FLONA Bom Futuro, Unidade de Conservação Federal.
As investigações tiveram início em junho de 2020, após fiscalização realizada pela SEDAM/RO (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental do Estado de Rondônia) e pelo Batalhão de Polícia Ambiental da Polícia Militar do Estado de Rondônia. Ao verificar a quantidade de madeira nos pátios das empresas, em relação ao Sistema DOF, constataram-se diversas irregularidades.
Após meses de investigação, a Polícia Federal conseguiu identificar diversas fraudes relacionadas ao comércio virtual de créditos de madeira através do Sistema DOF, o que se fez concluir que as empresas esquentavam madeira através de créditos do Sistema DOF, para poderem comercializar madeiras retiradas ilegalmente de áreas de proteção.
As condutas investigadas configuram, em tese, os crimes de desmatamento em terras de domínio público (art. 50-A da Lei 9.605/98), dificultar a fiscalização ambiental (art. 69 da Lei 9.605/98) e falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal), cujas penas somadas podem chegar a 15 (quinze) anos de prisão.
Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Buritis, Rolim de Moura, Vilhena, essas no Estado de Rondônia, e Santo Antônio do Matupi/AM. Os mandados foram expedidos pela 07ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de Rondônia.
Também foi ordenado que houvesse o bloqueio de R$ 47.363.942,29 (quarenta e sete milhões, trezentos e sessenta e três mil, novecentos e quarenta e dois reais e vinte e nove centavos) das contas dos investigados.
O nome “FLORESTA S/A II” faz alusão ao comércio ligado à extração irregular de madeiras das unidades de proteção do Estado de Rondônia, uma verdadeira “sociedade do crime ambiental”. Essa é a segunda operação nesse sentido, sendo a primeira realizada na Cidade de Alto Paraíso, no dia 27 de abril do corrente ano, com o mesmo objeto.
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