Plenário faz um minuto de silêncio pelas 400 mil vidas perdidas na pandemia
Entre março e abril, o país registrou oficialmente mais de 100 mil mortes e chegou nesta quinta a 400.021 vítimas fatais e a 14,5 milhões de casos confirmados
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, abriu a sessão deliberativa remota desta quinta-feira (29) pedindo um minuto de silêncio em pesar pela “infeliz e triste marca de mais de 400 mil mortos no Brasil em face da pandemia do coronavírus”. Entre março e abril, o país registrou oficialmente mais de 100 mil mortes e chegou nesta quinta a 400.021 vítimas fatais e a 14,5 milhões de casos confirmados.
Pelas redes sociais, os senadores também manifestaram pesar. O grande número de vítimas no último mês foi destacado pelos senadores Rodrigo Cunha (PSDB-AL) e Styvenson Valentim (Podemos-RN). “O mais alarmante é saber que, após um ano e dois meses de pandemia, 100 mil mortes foram registradas nos últimos 36 dias”, lamentou Rodrigo Cunha. “Não darei trégua aos que desviaram dinheiro público que serviria para salvar vidas em benefício de seus bolsos’, disse Styvenson.
Outros senadores também se manifestaram na rede social, assegurando que reforçarão o trabalho para trazer vacina para a população. O senador Wellington Fagundes (PL-MT) afirmou que os números da pandemia são “dilacerantes” e impõe aos senadores maiores responsabilidades e desafios. “O alento é que persistimos trabalhando para buscar solução para única forma de ajudar a resolver a pandemia: produzir vacinas aqui mesmo para o nosso povo, para reduzir esse passivo histórico de mortes”, afirmou.
Vacinação
O senador Weverton (PDT-MA) disse que a marca é uma “dor coletiva” que poderia ter sido evitada. “É preciso, com urgência, acelerar a vacinação e ter uma política nacional de enfrentamento à Covid-19. Salvar vidas é prioridade”, afirmou.
A celeridade na vacinação também foi defendida pela senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), que considerou a marca de 400 mil mortos “estarrecedora”. “Estamos trabalhando incessantemente pela vacinação para todos. Precisamos ser céleres”, pediu.
Médico, o senador Confúcio Moura (MDB-RO) lembrou que, enquanto a vacina não chega a todos, é preciso adotar outras medidas protetivas. “A dor é imensa. O medo do vírus ainda mais. A vacina é o grande anseio e a esperança de todos nós. O líquido e o certo é a vacinação em massa. Enquanto ela não se concretiza, temos outras armas, simples e anunciadas: uso de máscaras, higienização das mãos e distanciamento social”, recomendou.
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) também garantiu que segue trabalhando para ajudar a trazer mais vacinas para o país e criticou o Governo do Distrito Federal na condução das medidas contra pandemia. Kátia Abreu (PP-TO), Paulo Rocha (PT-PA) e Dário Berger (MDB-SC) registraram a dor vivida pelo país e se solidarizaram com a população.
Genocídio
Já os senadores petistas Rogério Carvalho (SE) e Jean Paul Prates (RN) culparam o presidente da República pela marca e afirmaram que a CPI vai mostrar os erros do governo. “Não adianta o governo tentar desmobilizar a CPI do Genocídio. Vamos provar que a tese de Bolsonaro de imunidade de rebanho, levou o Brasil para marca de 400 mil mortos. Bolsonaro é o grande responsável por estimular essa tragédia sanitária no Brasil”, declarou Rogério Carvalho.
“O assustador número reflete o fracasso brasileiro no combate à pandemia, marcado pelo obscurantismo nas omissões do presidente. Precisamos seguir na luta por mais vacinas, com a esperança de que a CPI possa ajudar a pôr o Brasil em rumo”, escreveu Jean Paul Prates.
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