PNAD Contínua: taxa de sindicalização diminui a cada ano

Em 2014, 13,5% dos trabalhadores rondonienses eram sindicalizados, passando para 9,5% em 2019

Assessoria
Publicada em 26 de agosto de 2020 às 12:17
PNAD Contínua: taxa de sindicalização diminui a cada ano

O suplemento Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2019 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domincílios Contínua (PNAD Contínua) mostra que a taxa de sindicalização caiu no estado de Rondônia entre 2014 e 2019. Em 2014, 13,5% dos trabalhadores rondonienses eram sindicalizados, passando para 9,5% em 2019. A queda também ocorreu entre os trabalhadores de todo o país: eram 13,4% em 2014 e foram 9,3% em 2019.

A Pesquisa também apontou que a taxa de sindicalização é maior entre os homens que entre as mulheres. Enquanto 10,1% dos trabalhadores homens eram sindicalizados, no universo feminino a taxa era de 8,9%. Estes índices são parecidos com os brasileiros: 10% entre os homens e 8,6% entre as mulheres.

Além disso, foi possível observar que também houve diminuição de empregadores e trabalhadores por conta própria associados a alguma cooperativa de trabalho ou produção. Em Rondônia, no ano de 2014, eles representavam 10,3% e, em 2019, passaram a representar 8,2% do total.

Da mesma forma, a PNAD Contínua indicou que o registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) tem baixa adesão entre as pessoas que trabalham por conta própria. No estado de Rondônia, havia 67 mil pessoas nesta condição, sendo que apenas 11,9% tinham o registro. A capital Porto velho tem índice parecido com o estadual: 11%. Em todo o Brasil, a taxa foi de 20,1% e na Região Norte foi de 7,3%.

Já entre os que são empregadores, a maioria tem registro no CNPJ. Dos 28 mil rondonienses que declararam serem empregadores, 72,7% eram registrados no Cadastro. Em todo o país, o índice foi de 80,4%.

Durante o ano de 2019, eram 815 mil pessoas ocupadas em Rondônia, sendo 176 mil (21,7%) no setor agropecuário, 156 mil (19,2%) na administração pública e 152 mil (18,6% no comércio. Já em relação a todo o país, os setores que mais empregaram foram: 18,9% no comércio, 17,4% na administração pública e 12,9% na indústria geral.

O suplemento da PNAD Contínua indica que, apesar da queda em cinco anos, o estabelecimento do próprio empreendimento continua como principal local de exercício do trabalho, com 48,9% em 2019. O segundo local de exercício do trabalho mais comum são as propriedades rurais, com 27,3%, que não apresentou grande variação em relação ao ano de 2014. Comparando os dados de 2019 e 2018, a participação de cada setor manteve-se estável.

O suplemento mostra ainda que 67,7% dos trabalhadores rondonienses trabalharam em empreendimento com até cinco pessoas. Em Porto Velho, este índice é de 59,4%. Já as empresas com mais 51 pessoas (excluindo serviço público) empregaram 8,5% dos rondonienses e 14,2% dos portovelhenses.

Em relação ao nível de instrução, o maior grupo das pessoas ocupadas é formado por indivíduos com nível médio ou superior incompleto, seguido de pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto. Das 815 mil pessoas ocupadas, 281 mil (24,5%) estavam no primeiro grupo e 277 mil (34%) no segundo.

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