Polícia Civil de Rondônia alerta sobre golpe do motoboy e orienta população como não cair na fraude

Caso haja suspeita de clonagem do cartão, o delegado explica ainda que a pessoa deve, ela mesma, fazer a inutilização do cartão, sempre quebrando o chip

Vanessa Farias Fotos: Jeferson Mota Secom - Governo de Rondônia
Publicada em 29 de junho de 2020 às 10:14
Polícia Civil de Rondônia alerta sobre golpe do motoboy e orienta população como não cair na fraude

A senha do cartão não deve ser informada a terceiros

Para alertar a população rondoniense sobre fraudes e golpes durante a pandemia, o delegado Swami Otto, chefe do Núcleo de Combate às Defraudações, revela que um dos crimes mais atuais no país neste período tem sido o golpe do falso motoboy. “Alguns bancos já começaram a reclamar sobre isso e a própria Federação Brasileira de Bancos (Febraban) também já emitiu alguns alertas”, conta.

Segundo o delegado, os criminosos buscam as informações através de engenharia social ou outras formas de obterem esses dados, identificando o potencial vítima.

“Muitas vezes as vítimas são idosos, que têm a tendência a terem um grau de confiança maior nas pessoas”, declara.

O contato é feito por telefone, antes da ação direta. “Eles ligam e dizem para a vítima que o cartão pode ter sido clonado e que precisa ser feita a substituição desse cartão. Convencem a pessoa, principalmente as que são do grupo de risco como os idosos, de que para facilitar, e a pessoa não ter que se deslocar, vão enviar um motoboy representante do banco para buscar o cartão”.

Swami diz que, ao chegar na residência da vítima, o criminoso solicita senha e outras informações, e recomenda que o cartão seja cortado ao meio. “O problema é que no momento em que ele corta o cartão, ele não corta o chip, e isso pode ser aproveitado. Neste caso, ele tem posse dos dados da vítima, a senha e o chip do cartão. Com isso ele consegue fazer movimentações financeiras e o que quiser usando os dados do cartão”.

RECOMENDAÇÕES

O delegado orienta que é necessário desconfiar de contatos que não sejam realizados por um canal oficial do banco. “O ideal é que toda pessoa conheça o seu gerente e tenha o telefone para que em qualquer situação semelhante, possa tirar a dúvida diretamente com esse representante da instituição financeira. O banco só faz contato com os clientes por telefones oficiais, na maioria das vezes, números de telefones fixos, de uma central telefônica”.

Um detalhe que Swami destaca como importante é que, durante um contato com algum representante do banco, a senha nunca será solicitada a ser dita, apenas digitada. “Por exemplo, quando você recebe um e-mail de um domínio diferente deve ficar atento. A sua senha nunca deve ser fornecida. Não acesse ou clique em algum link enviado por e-mail, mensagem de SMS ou WhatsApp. O banco jamais vai mandar um motoboy até você”.

Caso haja suspeita de clonagem do cartão, o delegado explica ainda que a pessoa deve, ela mesma, fazer a inutilização do cartão, sempre quebrando o chip. “É muito importante esse alerta e orientação à população, para que as pessoas não caiam nesse tipo de golpe”, conclui.

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