Por que o Flamengo dominou o ano?

Campeão do Carioca, da Libertadores e do Brasileirão, o Rubro-Negro vivenciou um 2019 histórico para o clube

Betsul
Publicada em 27 de novembro de 2019 às 16:38
Por que o Flamengo dominou o ano?

Pela primeira vez na história da América do Sul, uma equipe comemorou o título da Copa Libertadores em um dia e o de campeão nacional no outro. No sábado (23), o Flamengo superou o River Plate em uma final maluca, e no domingo (24) viu o Palmeiras ser superado pelo Grêmio e, mesmo sem entrar em campo, sagrou-se hexacampeão brasileiro.

Isso meses após ganhar mais uma vez o Campeonato Carioca e poucas semanas antes de embarcar para o Catar, onde disputará o Mundial de Clubes da FIFA, campeonato que encerra o ano flamenguista e que pode coroar uma temporada que já é absurda, não só pelos títulos conquistados, mas pela forma como o Flamengo alcançou todas essas glórias!

E muitas coisas explicam como o time carioca conseguiu um ano tão dominante, mesmo disputando duas duras competições como são Campeonato Brasileiro e Copa Libertadores. Para entender o que levou o Flamengo ao topo do futebol da América do Sul, o Betsul, o melhor site de apostas esportivas da América do Sul, separou uma série de fatores que culminaram em um 2019 para lá de especial.

Elenco forte

Há poucos anos o Flamengo passou por momentos financeiros complicados. A gestão mudou, as contas começaram a se equilibrar e após várias temporadas sem muitas aspirações o clube voltou a sonhar alto. Bateu na trave recentemente, mas coroou todo o trabalho administrativo com um elenco fortíssimo em 2019.

As chegadas de Bruno Henrique, Gabigol e de Arrascaeta podem ter gerado dúvidas acerca de um elenco com muitas estrelas para pouco espaço, porém isso mais fortaleceu do que gerou crise no vestiário. E o trio é um dos grandes responsáveis por tudo o que aconteceu na temporada. No Brasileirão, o tridente é responsável por 51 dos 73 gols do time até a 34ª rodada (69,8%). Sem falar que na Libertadores B. Henrique e Gabriel Barbosa marcaram 14 dos 24 tentos da equipe.

Novas ideias

Não tem como negar que a chegada de Jorge Jesus teve um impacto absurdo na temporada do Flamengo. Desde que o português começou a treinar o elenco, o futebol da equipe teve uma melhora considerável, o que reflete nos números da temporada. Com Abel Braga no comando, o clube tinha aproveitamento de 67,7% no ano (32 jogos, 19 vitórias, oito empates e cinco derrotas). Com Jesus, esse rendimento saltou para 77,7% (33 jogos, 23 vitórias, oito empates e duas derrotas).

E vale dizer que enquanto Abel treinou o time no começo da temporada, o que significa a disputa do Campeonato Carioca, Jorge Jesus comandou o time no mata-mata da Conmebol Libertadores, que, na teoria, é mais complicada.

Os rendimentos ofensivo e defensivo também melhoraram com o português. A média de gols marcados de 1,8 com Abel aumentou para 2,12 com Jorge Jesus, enquanto a média de gols sofridos caiu de 0,9 para 0,8.

Ataque implacável

O Flamengo tem um ataque invejável, não só pelo volume de chances que cria, mas pela qualidade com que elas são produzidas e pela eficiência dos homens de frente da hora de concluir os lances. Melhor ataque do Campeonato Brasileiro, o Rubro-Negro não é a equipe que mais cria.

Aliás, segundo o Footstats, parceiro oficial do Betsul, o time é só o quarto que mais finaliza na competição nacional (475 vezes). A história é semelhante na Libertadores, campeonato em que o Mengão fica atrás somente de River Plate e Boca Juniors em número de chutes a gol (148).

Mas, em ambos os torneios, o Flamengo é o time que menos precisa de uma finalização para marcar, o que mostra a pontaria eficiente da equipe. Nas duas competições, a média de chutes necessários para fazer um gol é de 6.49 -- no Brasileirão, o Grêmio é o segundo desse quesito e ainda está longe do Mengão (7.93).

E há muito que se diga sobre o processo de construção de jogada até que ela chegue para Gabigol e Bruno Henrique balançarem as redes adversárias. Na Libertadores, por exemplo, 17 dos 24 gols contaram com assistência de um companheiro ao autor do gol (70,8%). Já no Brasileirão esse número é ainda maior: 75,3% (55 de 73).

Controle de jogo

Apesar de ter um time rápido com Bruno Henrique, Gabigol, Arrascaeta e Éverton Ribeiro, o Flamengo não é uma equipe que preza pelo jogo vertical e gosta de ficar com a bola controlada. Com a posse de bola, o Rubro-Negro aposta em trocas rápidas de passes curtos. Algo que fica fácil de entender quando olhamos para os números do clube nas duas principais competições que disputou no ano.

Na Libertadores da América, nenhuma equipe trocou tantos passes e ficou tanto com a bola quanto o Flamengo. Com média de 435 passes por jogo, a campanha rumo ao título terminou com 90,8% de aproveitamento neste quesito e 58% de média de posse de bola por jogo. E muito disso passa pelo cuidado que os jogadores têm quando estão no comando das ações.

Só para se ter uma ideia do abismo entre os dois finalistas, enquanto o River Plate é o time que tem a maior média de perdas de posse na Libertadores (39.8), o Flamengo é apenas a 19ª equipe neste quesito (31.7) -- deve-se levar em conta que muitas equipes “melhores” neste aspecto ficam pouco com a bola no pé, e, portanto, não têm como perder a posse.

No Campeonato Brasileiro Série A os números são semelhantes. O Mengão é o terceiro time que mais troca passes na competição, com média de 456 por partida e aproveitamento de 91,8%. Entre os 20 times participantes, só o Santos tem uma média de posse de bola melhor do que o Flamengo, com 57%.

Para que isso aconteça, todo mundo precisa participar do jogo. Tanto que Rodrigo Caio, Renê, Rafinha, Pablo Marí e Willian Arão, que formam a parte “defensiva” do time de Jorge Jesus estão com ótimos números de passes na temporada, mostrando que a construção ofensiva começa também nos pés dos defensores.

Defesa sólida

Chegar até o gol do Flamengo é uma tarefa difícil. Primeiro, porque é preciso ficar com a bola contra um time que tem muita qualidade para fazer isso. Segundo, porque mesmo quando se constrói jogadas, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Diego Alves estão lá para impedir que a bola entre no gol.

O goleiro do Mengão é o terceiro que menos precisou trabalhar, na média, na Libertadores, com cerca de três defesas simples e uma difícil por partida, número semelhante aos do Campeonato Brasileiro: 3.8 simples e uma difícil por jogo, segunda melhor marca, atrás apenas do Athletico-PR.

A bola só chega pouco à meta de Diego Alves, porque a defesa faz um ótimo trabalho de prevenção contra finalizações, ficando entre os líderes de desarmes, tanto na Libertadores como na Série A do Brasileirão. Na competição continental, a média é de 17.5 desarmes por jogo (2º melhor), e na nacional é um pouco superior, 17.8 (melhor do campeonato).

O grande responsável por carregar esse piano é o volante Willian Arão, líder de desarmes da equipe na temporada. São 90 nas duas campanhas que terminaram com título (30 na Libertadores da América e 60 no Brasileirão). Ele também é quem mais intercepta bolas no Flamengo, com 15 no Campeonato Brasileiro e seis no torneio sul-americano.

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Fonte: Betsul

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