Porto Velho registrou queda de 44,8% no transporte aéreo de passageiros entre 2019 e 2020
A pesquisa analisa as ligações das cidades brasileiras através do transporte aéreo de passageiros e de cargas
De acordo com o estudo Ligações Aéreas 2019-2020, devido à pandemia de Covid-19, Porto Velho registrou uma queda de 44,8% no número de passageiros e de 40% na carga aérea transportada. Cacoal, Ji-Paraná, e Vilhena também tiveram reduções de 77,2%, 79,3% e 77,4% respectivamente no número de passageiros e quedas de 80%, 78,7% e 82% respectivamente em relação ao transporte de cargas.
A pesquisa analisa as ligações das cidades brasileiras através do transporte aéreo de passageiros e de cargas. Ela é divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e utiliza dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), do Ministério das Infraestruturas e do próprio IBGE.
Em 2020, os quatro municípios rondonienses com aeroportos movimentaram 443 mil pessoas e 2,3 mil toneladas de carga aérea, sendo que Porto Velho concentrou 91,6% dos passageiros e 95,9% da carga.
Nesse ano, em função da pandemia de Covid-19, somente Porto Velho teve atendimento regular de serviço de transporte aéreo, sendo que as demais cidades do Estado, apesar de terem ofertados voos regulares, não tiveram pelo menos um voo em cada mês de 2020.
Verificando as informações referentes a 2019, constatou-se que as maiores ligações aéreas de Porto Velho ocorreram com Brasília e Manaus (AM), com 32,9% e 24,7% da movimentação de passageiros. Já os municípios do interior de Rondônia, possuem sua ligação aérea de passageiros quase que exclusivamente voltada para Cuiabá (MT).
O estudo também verifica a acessibilidade geográfica das cidades pelo transporte aéreo. Essa medida fornece a quantidade de opções de passagens por voos diretos e indiretos (mediante escalas e/ou conexões) e possibilita comparar os resultados com as demais cidades do país e, assim, estabelecer um grau de conectividade pelo transporte aéreo.
Assim sendo, Porto Velho possuía, em 2019, seis opções de voos diretos com atendimento regular: Brasília, Manaus (AM), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Cuiabá (MT) e Campinas (SP). Dessa forma, por meio dessas opções de voos diretos, a quantidade total de destinos voados pelas passagens aéreas comercializadas estendeu-se a 84 ao se considerar os 78 destinos indiretos possíveis por meio de conexões e/ou escalas. Com isso, a capital rondoniense ficou na 23ª posição das 96 cidades com maior acessibilidade geográfica no ano de 2019.
Por sua vez, as demais cidades do interior rondoniense possuíam somente uma opção de voo direto em 2019: Cuiabá (MT). Dessa forma, usando da possibilidade de voos da capital mato-grossense, as opções de passagens ampliaram-se para até 70 destinos mediante o uso de escalas e/ou conexões aéreas. Nesse sentido, essas cidades ficaram entre 54ª e 57ª posições dentre as 96 cidades com aeroportos de acordo com acessibilidade geográfica por opções de passagens aéreas.
Além da acessibilidade geográfica, o estudo analisa a acessibilidade econômica, que revelou que para chegar em Porto Velho o passageiro teve custo tarifário médio de R$ 629,79 em 2019. Já os três municípios do interior com aeroporto foram os destinos mais caros entre as 96 cidades brasileiras para se acessar por meio de transporte aéreo. Ji-Paraná teve a tarifa média de R$ 813,45; Cacoal teve um custo tarifário médio de R$ 880,16, muito próximo de R$ 880,76 que foi o valor médio das passagens comercializadas em 2019 tendo Vilhena como destino final.
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